PUBLICIDADE

Copa Coca-Cola

'Garrincha irlandês', George Best foi 1º superastro da bola

12 out 2012 - 07h24
Compartilhar

Atualmente, é cada vez mais comum vermos jogadores de futebol cercados de belas mulheres, dirigindo carros carríssimos e frequentando as festas mais badaladas. Mas nem sempre foi assim. Em uma época na qual boa parte dos atletas levava uma vida discreta e comportada, coube a um craque da Irlanda no Norte virar tudo de cabeça para baixo começar a agir como uma estrela do rock. Seu nome: George Best.

Best é lembrado até hoje como um dos maiores jogadores de todos os tempos
Best é lembrado até hoje como um dos maiores jogadores de todos os tempos
Foto: Getty Images

Talentoso nos estudos, Best foi descoberto por um olheiro do Manchester United em Belfast, quando tinha apenas 15 anos. No relatório que enviou ao time inglês, o observador técnico apenas dizia: "Acho que encontrei um gênio". E ele estava certo. Dois anos depois o jogador estreou pela equipe principal, e virou titular absoluto. Seu estilo driblador e provocador fez com que dentro de campo ele fosse comparado a Garrincha.

Ao lado de Bobby Charlton, liderou o United na conquista do Campeonato Inglês de 1965. No ano seguinte, explodiu no futebol por conta da memorável atuação diante do Benfica de Eusébio, nas quartas de final de Liga dos Campeões. Após uma vitória apertada por 3 a 2 no jogo de ida, o treinador pediu cautela na partida em Lisboa. A ideia era estudar o adversário nos primeiros quinze minutos, e só depois arriscar algumas jogadas.

Best desobedeceu e foi às redes duas vezes logo no início. Ele ainda marcaria seu terceiro gol na histórica goleada por 5 a 1. No dia seguinte, os jornais davam a manchete que o caracterizaria por toda a carreira: "o quinto Beatle". O apelido casava perfeitamente com a vida boêmia que o craque começou a levar fora das quatro linhas. Por conta disso, acumulou punições no clube ao faltar ou chegar atrasado aos treinos.

Mesmo assim, seu talento falava mais alto do que os problemas que causava. Ao retornar de uma das suspensões, por exemplo, marcou seis vezes na goleada por 8 a 2 sobre o Northampton Town. Sua principal conquista viria em 1968, quando o Manchester bateu o Benfica por 4 a 1 na final da Liga dos Campões. A partida estava empatada em 1 a 1 na prorrogação, e Best dominou uma bola chutada pelo seu goleiro, deixou o marcador para trás, driblou o goleiro e mandou para as redes, abrindo caminho para a vitória.

Ele ainda terminou o campeonato nacional na artilharia, e a temporada extraordinária valeu ao irlandês do norte a Bola de Ouro. Nos anos seguintes, porém, seu rendimento começaria a cair, e ele passou a virar manchete constante dos tabloides ingleses pelas encrencas em que se metia. Nesta época, teria dito a célebre frase: "eu sou o cara que levou o futebol das páginas internas para a capa dos jornais."

A temporada de 1974 foi desastrosa para o United, que acabou rebaixado para a segunda divisão. O episódio marcou o fim da história dele no clube, após 179 gols em 470 jogos. Na sequência, foi tentar a sorte nos Estados Unidos, jogando ao lado de craques como Gerd Muller e o peruano Cubillas. Encerrou a carreira em 1983, mas os problemas continuaram. No ano seguinte, foi preso por dirigir embriagado e passou no natal na cadeia. Como não perdia o bom humor, chegou a defender o time do presídio nas semanas em que esteve detido.

Faleceu em 2005 após uma intensa luta contra o alcoolismo. Depois de dizer uma série de frases engraçadas sobre o assunto, como "gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros; o resto eu desperdicei" ou "em 1969, eu abandonei as mulheres e o álcool; foram os 20 piores minutos da minha vida", suas últimas palavras sobre o assunto foram bem sérias: "não acabem como eu."

Quer saber mais sobre a Copa Coca-Cola? Então, clique aqui e confira

Fonte: PrimaPagina
Compartilhar
Publicidade