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Copa da Rússia

Globo dribla segurança antiterror de estádio da Copa-2018

Correspondente na Rússia, Marcelo Courrege chega ao campo da final sem ser revistado

12 nov 2017 - 14h55
(atualizado às 14h58)
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Jornalista conseguiu passar por policiais e seguranças sem ser questionado
Jornalista conseguiu passar por policiais e seguranças sem ser questionado
Foto: Reprodução/Twitter @marcelocourrege

Dona de poderoso e temido arsenal nuclear, a Rússia mostra que ainda precisa melhorar o básico: a segurança homem a homem.

O repórter Marcelo Courrege, que assumiu o posto de correspondente da Globo em Moscou há cinco meses, mostrou que o esquema de segurança da Copa do Mundo da Rússia precisa de ajustes.

Apenas se identificando como jornalista, sem mostrar qualquer credencial, ele conseguiu passar por policiais e seguranças e chegar ao interior do estádio Luzhniki, que será palco da abertura e da final do Mundial de 2018.

Em matéria exibida no Esporte Espetacular, Courrege aparece na arquibancada, a poucos metros do gramado onde a Seleção Russa fazia um treino para o amistoso que disputou contra a Argentina – vitória dos ‘hermanos’ por 1 a 0.

“Consegui entrar no estádio e chegar na beira do campo sem passar por nenhuma revista”, relatou. “Os jogadores gostam de falar que treino é treino e jogo é jogo. Mas os russos precisam entender que, em assunto de segurança, treino também é jogo.”

A próxima Copa é um alvo certo do Estado Islâmico. Nas últimas semanas, o grupo terrorista divulgou montagens com o rosto de jogadores – Neymar, Messi e Cristiano Ronaldo, entre eles – para anunciar a intenção de cometer ataques.

A competição de futebol na Rússia será o principal evento esportivo do ano que vem. As atenções da imprensa estarão voltadas para o País gigantesco que disputa influência geopolítica e militar com os Estados Unidos e a China.

O risco de um atentado terrorista em território russo é muito maior do que o calculado na Copa realizada no Brasil, em 2014.

O presidente Vladimir Putin é inimigo número 1 de vários grupos rebeldes, vários deles formados por cidadãos de ex-repúblicas soviéticas.

Não há situação melhor para um terrorista transmitir sua mensagem de ódio do que cometer um ato violento em uma festa esportiva transmitida para todo o planeta.

Como a reportagem da Globo mostrou, se o correspondente Marcelo Courrege fosse um lobo solitário agindo em nome do Estado Islâmico, por exemplo, teria tido a oportunidade de ferir ou matar jogadores e dezenas de jornalistas.

Tragédias recentes provaram: o terror surge de onde menos se espera. E sempre causa a repercussão midiática que os terroristas desejam.

Na TV aberta, a Globo tem os direitos exclusivos de exibição da Copa da Rússia. A Band fechou acordo com o canal carioca para transmitir parte dos jogos.

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Fonte: Especial para Terra
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