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Terra na Copa

"La Bombonera" catalã e palco de desastre; conheça o "finado" Sarriá

5 jul 2012 - 10h00
(atualizado às 10h04)
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Henrique Munhos
Renan Falcão

Para os brasileiros, o Estádio de Sarrià é o palco de um dos maiores desastre da história, a derrota para a Itália por 3 a 2 no dia 5 de junho de 1982. Porém, o campo, localizado no distrito mais rico de Barcelona, e implodido em 1997, guarda outras histórias marcantes durante os 64 anos em que foi a casa do Espanyol, primo pobre da cidade catalã.

O estádio, inaugurado em 18 de fevereiro de 1923, foi palco do primeiro gol da Liga Espanhola de futebol, marcado por Pitus Prat contra o Real Unión em 1929, e da decisão da Copa da Espanha Livre, torneio realizado em plena Guerra Civil Espanhola por equipes catalãs e valencianas, cuja existência não foi oficializada pelo então governo franquista.

Para os torcedores do Espanyol, a maior lembrança é a goleada por 6 a 0 contra o Barcelona em 1951, maior vitória da história do dérbi barcelonista.

Na Copa de 1982, o estádio recebeu apenas os jogos do grupo C da segunda fase, entre Brasil, Itália e Argentina. O Brasil, que vinha de uma série invicta de 24 jogos, estreou no Sarrià com uma vitória de 3 a 1 sobre a rival Argentina, em uma partida histórica que ficou marcada pela expulsão de Diego Maradona.

Entretanto, esse jogo foi esquecido pelo que veio a seguir. Favorito para conquistar o tetracampeonato, o Brasil perdeu para a Itália por 3 a 2 e deu adeus a Copa do Mundo. Os italianos, que ainda se ressentiam de um escândalo de arranjo de resultados dois anos antes - sendo um dos punidos justamente o carrasco Paolo Rossi -, acabaram conqusitando o tri mundial. Mais do que isso, a partida ficou marcada para muitos como "a morte do futebol arte".

A "La Bombonera" azul e branca, como também era conhecido o Estádio do Sarrià, chegou a receber 44 mil pessoas após algumas ampliações. Em 1988, o Espanyol fez valer o mando de campo e derrotou o Bayer Leverkusen na primeira partida da final da Copa da Uefa. Porém, o time alemão reverteu a vantagem no jogo volta e venceu na disputa de pênaltis.

A sua última partida no estádio aconteceu no dia 21 de junho de 1997. Por conta de problemas financeiros, que sempre rondaram o Espanyol e a sua casa - durante a fundação, o clube teve que organizar um giro de amistosos pela América do Sul para arrecadar dinheiro para completar uma das arquibancadas -, o estádio teve de ser demolido.

A implosão se deu no dia 20 de setembro de 1997, após três meses de peregrinação dos torcedores "periquitos", como são conhecidos os torcedores do clube. Assim, o Espanyol ficou 12 anos sem uma casa própria, já que desde então atuou no Estádio Olímpico de Montjuic, patrimônio do Governo de Barcelona reformado para as Olimpíadas de 1992.

A saudade de casa acabou em 2009, com a inauguração do Estádio Cornellà El-Prat, que custou 65 milhões de euros, tem capacidade para 40.500 pessoas e está localizado nos arredores de Barcelona. Cerca de 10 quilômetros dali está a Avenida Sarrià, que hoje abriga com conjunto de prédios e lojas. Em um parque, uma pequena placa marca a única lembrança física do antigo estádio que entrou na história do futebol mundial.

Paciência esgotadaA derrota em 1982 causou de uma maneira geral mais comoção que irritação, mas para João Saldanha, jornalista e técnico da Seleção na preparação para a Copa de 1970, o derrota foi implacável com a derrota. "Perdemos, paciência. Campeão moral? Pra mim não me serve. Campeões da burrice. É, campeões da burrice tática. Esse título me parece mais apropriado. Era o que eu tinha a dizer", disse Saldanha em sua coluna no Jornal do Brasil, na époc
Paciência esgotadaA derrota em 1982 causou de uma maneira geral mais comoção que irritação, mas para João Saldanha, jornalista e técnico da Seleção na preparação para a Copa de 1970, o derrota foi implacável com a derrota. "Perdemos, paciência. Campeão moral? Pra mim não me serve. Campeões da burrice. É, campeões da burrice tática. Esse título me parece mais apropriado. Era o que eu tinha a dizer", disse Saldanha em sua coluna no Jornal do Brasil, na époc
Foto: Gertty Images
Fonte: Terra
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