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Terra na Copa

Fora da "festa", Goiânia aceita prêmios de consolação da CBF

2 mar 2014 - 08h15
(atualizado às 08h20)
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José Maria Marin esteve presente na inauguração do Estádio da Serrinha, que serviu de CT para a Seleção antes da Copa das Confederações
José Maria Marin esteve presente na inauguração do Estádio da Serrinha, que serviu de CT para a Seleção antes da Copa das Confederações
Foto: João Paulo Di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra

Depois que a Fifa anunciou a lista das 12 cidades que seriam sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014 sem a presença de Goiânia, ainda em 2009, houve muita expectativa sobre a participação da cidade de alguma forma no evento. No fim do último mês, a entidade divulgou os locais para treinamentos escolhidos pelas 32 seleções e Goiânia estava novamente fora. Sobraram para a capital goiana os "prêmios de consolação" recebidos durante os últimos anos.

Após a Copa do Mundo disputada na África do Sul, a Seleção Brasileira fez dez jogos amistosos em solo brasileiro (incluindo o Superclássico das Américas), sendo que apenas São Paulo e Goiânia receberam dois jogos cada uma. As duas cidades voltarão a receber partidas do Brasil na reta final de preparação para a Copa do Mundo.

Seleção Brasileira fez amistoso com a Holanda na capital goiana, em 2011
Seleção Brasileira fez amistoso com a Holanda na capital goiana, em 2011
Foto: Getty Images

Durante o período entre o fim da última Copa e o início da edição de 2014, Goiânia foi figura carimbada na vida da Seleção. A cidade recebeu a equipe nacional em três anos consecutivos e em caso de oficialização do amistoso contra o Panamá, agendado para o dia 3 de junho, no Serra Dourada, receberá pelo quarto seguido.

Amistoso contra a Holanda em 2011, uma partida do Superclássico das Américas em 2012, período de treinos na véspera da Copa das Confederações no ano passado e agora a expectativa para um dos últimos amistosos antes da estreia na Copa do Mundo. Em junho do ano passado, na inauguração da reforma do Estádio da Serrinha, do Goiás, que abrigou a Seleção Brasileira, o governador Marconi Perillo (PSDB) disse que essas "conquistas" eram fruto do prestígio de seu governo e da Federação Goiana de Futebol, na figura do presidente André Pitta, com a cúpula da CBF.

"Era senador na época, procurei muitas vezes a CBF, mas infelizmente eu não podia fazer muita coisa. Mas desde então houve o compromisso de que Goiás seria prestigiado com outros eventos que pudessem significar o apreço da CBF com Goiás e os goianos. Desde então conseguimos trazer a seleção holandesa, depois o senhor (José Maria Marin) trouxe a seleção argentina e fez um compromisso com o André (Pitta) e comigo de trazer para treinar aqui a Seleção Brasileira", comentou na época Marconi Perillo.

Através de um programa de incentivo ao esporte, inclusive com alteração na lei para aumentar o aporte financeiro, o governo liberou uma verba de R$ 2,5 milhões para ajudar o Goiás na reforma do estádio para receber a seleção. O esforço tinha uma intenção, Perillo pediu a Marin que a seleção voltasse para treinar em Goiânia antes da Copa do Mundo. "Peço finalmente que o senhor não se esqueça desse CT e da nossa cidade durante a Copa do Mundo do ano que vem, nós estamos preparados para receber a Seleção Brasileira", disse no ato da inauguração.

No comando da FGF desde 2007, o presidente André Pitta tem bom trânsito dentro da CBF. O dirigente acredita que esse é um dos fatores principais para a presença constante da Seleção Brasileira na cidade nos últimos anos. Outra questão apontada por Pitta é que não fazia sentido que o Brasil jogasse nas cidades sedes, pois elas receberiam jogos e também tinham seus estádios em obras.

"O bom relacionamento que temos na CBF é primordial, o que representa o futebol do estado Goiás no cenário nacional, digo pela forma que é conduzida o futebol no estado, e também como nós estamos fora da Copa do Mundo não há motivo para que ela fique jogando dentro das sedes", frisou.

André Pitta acredita que o único legado que Goiânia deixa de ganhar com a ausência na Copa é a questão da modernização do Serra Dourada. O dirigente revelou que ainda não enxerga benefícios gerados com a presença da Copa no futebol de algumas cidades sedes. "O futebol goiano a princípio não perdeu nada, até porque não estamos vendo nesse outros estados, a não ser em relação aos estádios, qual o benefício o futebol desses estados está tendo", salientou.

Equipe verde e amarela voltou à Goiânia para jogar o Superclássico das Américas, contra a Argentina, em 2012
Equipe verde e amarela voltou à Goiânia para jogar o Superclássico das Américas, contra a Argentina, em 2012
Foto: Getty Images

Ainda em 2011, o anúncio por parte do então presidente da CBF Ricardo Teixeira que Goiânia era uma das sedes na Copa América que seria realizada no Brasil soou como prêmio de consolação. No entanto, a Copa América de 2015 não será mais em solo brasileiro - foi transferida para o Chile -, e Ricardo Teixeira não é mais o dirigente máximo da CBF. André Pitta acredita que a escolha na época é mais uma prova de que Goiás tem prestígio com a CBF. O dirigente goiano ainda crê que Goiânia estará na Copa América a ser realizada no Brasil, mas disse que terá de conquistar o direito novamente.

"Acho que sim, até porque acreditamos que quando for o momento de ter a Copa América no Brasil Goiânia estará inserida nela. A promessa foi para aquele momento, agora é outra história e vamos ter que buscar tudo outra vez. Até porque quem fez a promessa foi o Ricardo Teixeira e ele não está mais", ponderou Pitta.

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Fonte: MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros - Especial para o Terra
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