O atacante Diego Costa assinou nesta terça-feira uma carta oficial em que recusa a convocação do técnico Luiz Felipe Scolari para os amistosos da Seleção Brasileira contra Honduras e Chile, nos dias 16 e 19 de novembro. O documento foi emitido à Confederação Brasileira de Futebol e deixará o jogador livre para defender a Espanha a partir de agora.
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) divulgou comunicado confirmando a decisão do atacante do Atlético de Madrid, nascido na cidade de Lagarto, no Sergipe. A carta é endereçada a Julio César Avelleda, secretário-geral da CBF.
Atual artilheiro do Campeonato Espanhol, Diego Costa protagonizou uma grande polêmica entre as seleções de Brasil e Espanha nas últimas semanas. O apresentador de uma rádio espanhola chegou a passar um trote em Felipão, dizendo-se o presidente do Atlético de Madrid, e o técnico da Seleção admitiu que contava com o jogador para os próximos amistosos.
Após fazer duras críticas à imprensa espanhola, Felipão convocou antecipadamente Diego Costa e mais quatro jogadores para as partidas contra Honduras e Chile. O atacante, que já participou de dois amistosos com o Brasil - entrou no segundo tempo contra Itália e Rússia, em março - sofria pressão para decidir sobre qual seleção defenderia na carreira. Acabou optando pela Espanha, e agora está à disposição do técnico Vicente del Bosque.
Na Copa do Mundo de 2014, o Brasil pode ver jogadores naturalizados disputando contra a Seleção pelo título do Mundial. De atletas que se firmaram no exterior a filhos de ex-craques e até mesmo jogadores que apenas nasceram no País, veja quem pode ser um "inimigo íntimo"
Foto: Getty Images
Diego Costa (Espanha): Após muita polêmica, o atacante nascido em Lagarto, no Sergipe, recusou a convocação de Luiz Felipe Scolari para defender o Brasil em amistosos na América do Norte e manifestou o desejo de jogar pela Espanha. O atacante do Atlético de Madrid, artilheiro do Campeonato Espanhol, já havia vestido a amarelinha em amistosos no início de 2013
Foto: EFE
Benny Feilhaber (Estados Unidos): nascido no Rio de Janeiro em 19 de Janeiro de 1985, Feilhaber mudou-se para os Estados Unidos com seis anos de idade e tem na carreira passagens por equipes alemã, inglesa e dinamarquesa, além de americanas. Já jogou duas vezes contra o Brasil, uma delas na Copa das Confederações de 2009.
Foto: Getty Images
Cássio (Austrália): carioca de nascimento, Cássio é um lateral com passagens por Flamengo, Internacional, Ceará, Brasiliense e Santa Cruz. Está no clube australiano Adelaide desde 2007, no qual é ídolo e sonha em ser convocado para a seleção.
Foto: Getty Images
Douglas (Holanda): o catarinense de Florianópolis começou a carreira no Joinville e ainda passou pelo Goiás. Está no Twente, da Holanda, desde 2007 e foi convocado recentemente para a seleção do país europeu.
Foto: Getty Images
Eduardo da Silva (Croácia): nascido no Rio de Janeiro, Eduardo foi para a Croácia ainda jovem, quando passou a integrar as categorias de base do Dinamo Zagreb. É um dos grandes jogadores da seleção local e chegou a ser atleta do Arsenal, da Inglaterra, entre 2007 e 2010.
Foto: Getty Images
Marcos González (Chile): o zagueiro nasceu no Rio de Janeiro, em 9 de junho de 1980, mas foi para o Chile aos dois anos de idade com seus pais. Além de equipes do país sul-americano, atuou no Colorado Crew, dos Estados Unidos, e do Colón, da Argentina, antes de retornar ao Brasil, onde joga pelo Flamengo atualmente.
Foto: Getty Images
Igor de Camargo (Bélgica): paulistano de Porto Feliz, o atacante desenvolveu toda sua carreira na Bélgica, onde atuou por Genk, Beringen-Heusden-Zolder, Brussels, Standard Liège e Borussia Mönchengladbach. Tem nove convocações para a seleção do país.
Foto: Getty Images
Sinha (México): Nascido em Itajá, no Rio Grande do Norte, o meia Sinha já defendeu o México na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Apesar de já ter 37 anos, voltou a ser convocado para representar o país da América do Norte na repescagem contra a Nova Zelândia
Foto: Getty Images
Marcus Túlio Tanaka (Japão): apesar de nascido em Palmeira d'Oeste (SP), o zagueiro mudou-se para o Japão aos 15 anos e desenvolveu toda sua carreira no país nipônico. Tem passagens por quatro clubes japoneses e já foi titular absoluto da seleção nacional.
Foto: Getty Images
Matías Aguirregaray (Uruguai): lateral direito nascido em Porto Alegre, o atleta é filho de Óscar Aguirregaray, ex-jogador da seleção uruguaia nos anos 1980 e 1990 e que era jogador do Internacional quando Matías nasceu. Atualmente, o lateral, que tem passagem pelo Palermo, da Itália, está no Cluj, da Romênia.
Foto: Getty Images
Pepe (Portugal): o alagoano de Maceió começou sua carreira em categorias de base no Brasil, mas conseguiu destaque em Portugal, onde atuou por Marítimo e Porto. Chamou a atenção até do Real Madrid, onde joga atualmente.
Foto: Getty Images
Thiago Motta (Itália): um dos brasileiros naturalizados mais conhecidos, Thiago Motta, que nasceu em São Bernardo do Campo (SP), mas joga pela Itália, é normalmente convocado para a equipe do técnico Cesare Prandelli. Atualmente no PSG, o volante tem passagens por Barcelona, Atlético de Madrid, Genoa e Inter de Milão.
Foto: Getty Images
Thiago Alcântara (Espanha): filho do ex-craque Mazinho, Thiago nasceu na Itália, mas tinha apenas nacionalidade brasileira quando decidiu representar a Espanha, em decisão polêmica. É jogador do Barcelona e tem passagem por todas as seleções de base da atual campeã do mundo.
Foto: Getty Images
Cacau (Alemanha): o atacante nasceu em Santo André, em 27 de Março de 1981, e começou a carreira no Nacional-SP, antes de partir para o futebol alemão. Naturalizou-se pela seleção europeia e já tem 22 jogos com a camisa do país.