Código de Ética da CBF não prevê punições retroativas
O código de ética da CBF está pronto, mas só entrará em vigor após ser referendado por assembleia da entidade. E ele já se apresenta com uma questão polêmica. Não poderá punir dirigentes ou atletas, por exemplo, que tenham cometido desvios anteriores ao primeiro dia de sua vigência.
Atualmente, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, indiciado pela Justiça dos EUA por crimes de corrupção, também é investigado pelo Comitê de Ética da Fifa e pelo Senado Federal.
Mas, mesmo que seja condenado, Del Nero, a princípio, poderia continuar dirigindo a CBF. De acordo com o advogado Caio Rocha, coordenador do grupo de elaboração do código de ética, a medida segue diretriz constitucional. "Não há como aplicar, via código, uma punição retroativa. Estaríamos ferindo a Constituição."