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Clubes decididos: ou CBF aceita a liga ou ruptura será total

É um caminho sem volta, assim declaram os que arquitetaram o novo movimento do futebol nacional

16 jun 2021 - 11h45
(atualizado às 12h11)
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Boa parte da CBF foi pega de surpresa nessa terça-feira (15) quando os 20 clubes da Série A comunicaram à entidade que vão criar uma liga para, entre outras coisas, assumir o controle do Campeonato Brasileiro das Primeira e Segunda Divisão. A CBF ainda vai se manifestar oficialmente sobre o assunto. Mas os clubes já decidiram: o movimento é irreversível. Se a ideia não for avalizada pela confederação, como determina o estatuto da CBF, eles prometem uma ruptura total contra o comando do futebol nacional.

Coronel Nunes, atual presidente da CBF, não sabe ainda se aceita a criação da liga independente dos clubes
Coronel Nunes, atual presidente da CBF, não sabe ainda se aceita a criação da liga independente dos clubes
Foto: Divulgação / Estadão Conteúdo

Encabeçados por Flamengo, Corinthians e Bahia, que tratam da criação da liga há pelo menos um ano e meio, e com respaldo de todos os demais grandes clubes do País, a iniciativa é dada como sem volta por seus dirigentes. Eles também têm o apoio dos 20 clubes da Série B, que incluem hoje Cruzeiro, Vasco e Botafogo.

A independência dos clubes com relação à CBF já foi tentada duas vezes ao longo da história de forma mais direta. O Clube dos Treze, fundado em 1987, chegou a se credenciar como nova autoridade do futebol do País. Mas uma manobra da própria CBF, dirigida então por Ricardo Teixeira, acabou sepultando a iniciativa anos mais tarde.

Em 2015, clubes do Sul e de Minas, além de Flamengo e Fluminense, sob a coordenação do então vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto, à época rompido com os demais representantes da cúpula da confederação, também ensaiaram uma rebelião. Eles queriam a adesão dos clubes paulistas para ampliar o movimento, no que não foram felizes, e a ação naufragou.

Agora, a nova liga, ainda não oficializada, quer o controle do Brasileiro das Séries A e B, negociar os direitos de transmissão e abarcar toda a área comercial desses campeonatos, decidir sobre arbitragem, tabela e uso e diretrizes do VAR, e afastar a CBF dessa função, motivo de milhares de reclamações dos próprios clubes nas últimas décadas, principalmente pela falta de transparência que caracteriza

a entidade.

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