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Estudo evidencia discrepância financeira de Palmeiras e Flamengo no Brasil

16 jul 2019 - 14h17
(atualizado às 15h32)
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Em termos financeiros, o futebol brasileiro tem dono. Ou melhor: donos. A exemplo dos últimos anos, Palmeiras e Flamengo continuam crescendo economicamente e, em 2018, chegaram a concentrar quase um quarto das receitas totais (soma da arrecadação proveniente de direitos de TV, vendas de jogadores, bilheteria e plano sócio-torcedor) do futebol nacional, se considerados os 27 principais clubes do país.

De acordo com a Análise Econômico-financeira do Itaú BBA, divulgada nesta terça-feira, Verdão e Mengão concentraram, juntos, aproximadamente R$ 1,190 bilhão ao longo do ano passado (23% do total arrecadado pelos clubes envolvidos na pesquisa), com os paulistas obtendo a maior receita do ano, equivalente a R$ 654 milhões, contra R$ 536 milhões dos cariocas.

Fechando o Top 5, mas com valores bem abaixo dos dois líderes, estão São Paulo, Corinthians e Cruzeiro, que acumularam, respectivamente, R$ 399, R$ 389 e R$ 322 milhões.

Auxiliado pela Crefisa, de Leila Pereira, o Palmeiras é quem mais investe no futebol brasileiro (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

Se analisada a geração de caixa (diferença entre receita e custos, destinada a pagamento de dívidas e novos investimentos) de Palmeiras e Flamengo, o cenário é o mesmo. São os dois que mais arrecadam, logo, são os dois que mais gastam. Ainda assim, ambos possuem um balanço positivo. Por outro lado, se desconsiderados do cenário nacional, a conta passa a ser negativa, já que representam 35% da geração de caixa dos 27 clubes estudados.

E, de acordo com o especialista César Grafietti, responsável pela análise do Itaú BBA, a discrepância de Verdão e Mengão para o resto dos clubes brasileiros tende a aumentar ainda mais.

"A tendência é esse descolamento aumentar. Lembrando que a (receita de) TV hoje tem produtividade, desempenho. A tendência é eles se destacarem dentro de campo, vão ter mais conquistas e mais jogos transmitidos, recebendo mais dinheiro. Essa distância tende a aumentar. A receita aumenta e os gastos também, o que diminui a geração de caixa. Mas como eles não tem grande pressão de dívidas para pagar, não há problema em trabalhar com esse nível de geração de caixa um pouco menor, diferentemente de outros clubes", disse.

O que é a Análise Econômico-financeira do Itaú BBA:

A Análise Econômico-financeira dos Clubes Brasileiros é um balanço anual realizado pelo Itaú BBA, que engloba, há uma década, informações públicas das contas dos maiores clubes do país (no balanço de 2018, a exceção foi o CSA). O estudo é baseado nas receitas e nos gastos totais das instituições ao longo de um ano, as quais permitem ao torcedor entender melhor a estrutura financeira de seu respectivo time, dos rivais e dos demais, em meio ao cenário nacional.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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