Bandeira LGBT levantada pelo Vasco é notícia no mundo todo
Gesto da celebração de gol de Germán Cano foi marco histórico para o clube
O Vasco se consagrou ao longo de sua história não só pelas inúmeras conquistas no esporte, a maioria delas no futebol. Faz parte de seu currículo uma atitude nobre reverenciada por décadas e que assim permanecerá: o de ter se recusado a participar da divisão principal do Rio de Janeiro em 1924 sem seus jogadores negros. Isso num período em que o futebol de elite era privilégio dos brancos e o racismo escancarado era uma praxe no País.
O apego e o zelo por grupos que são vítimas de intolerância e outras violências levaram o Vasco a um novo ato simbólico, também de extremo alcance: o de apoiar a causa LGBTQIA+ e ver um de seus jogadores, o atacante Germán Cano, comemorar um gol com a bandeira nas cores do arco-íris.
O fato se deu no domingo (27), em São Januário, no Rio, em jogo contra o Brusque, pela Série B do Campeonato Brasileiro. O Vasco, assim como outros clubes de futebol do País, rendeu homenagem aos LGBTQIA+, na véspera do dia mundial de celebração do orgulho de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, pansexuais, etc.
As quatro bandeirinhas de escanteio do gramado do seu estádio foram substituídas – saíram as que levam o símbolo do próprio clube para dar vez, naquele jogo, às do movimento a favor da diversidade sexual. E foi também por isso que Germán Cano projetou sua imagem, e a do clube, por vários cantos do planeta.
Seu impulso em arrancar uma bandeirinha do gramado para festejar o gol (o primeiro da vitória do time por 2 a 1) teve muita repercussão. Na Argentina, o Jornal Olé o enalteceu e ao Vasco pela ação. Sites de notícias em inglês e espanhol também deram destaque ao gesto, como o da ESPN nos Estados Unidos, os do aw.journal.com, infobae.com, reddit.com, ruetir.com, today.in-24.com, calciopics.tumblr.com, só para citar alguns.
Todos citaram os dois exemplos de inclusão, realçando a grandeza do Vasco.