Fla não foi o mesmo contra Goiás e CSA: dispersão, cansaço?
Difícil manter o foco longe de uma decisão tão importante como a da Libertadores, ainda mais se o time envolvido, no caso o Flamengo, não chega tão perto desse título faz quase 40 anos. Isso pode explicar, em parte, a queda de ritmo da equipe nas duas últimas partidas do Brasileiro, quando venceu, sabe-se lá como, o CSA por 1 a 0, no Maracanã, e empatou com o Goiás nessa quinta (31), por 2 a 2, em Goiânia.
O Flamengo lidera com folga o Brasileiro – agora com oito pontos de vantagem sobre o Palmeiras – e seus jogadores sabem que a própria torcida já faz contas há semanas prevendo a conquista do título com antecedência. O discurso do grupo não segue essa linha. Ali, todos repetem que a concentração está mantida, que a corda está esticada.
Mas, diante da real possibilidade de fazer história pelo clube, na final com o River Plate, em 23 de novembro, em Santiago, quem é que vai se expor a divididas fortes, disputa de bola acirrada, entradas mais firmes no adversário às vésperas do jogo mais importante do ano, entre clubes da América do Sul?
Além disso, há outro fator que pode justificar essa queda de rendimento do Flamengo, pontual, por enquanto, nas duas rodadas citadas do Brasileiro. A intensidade com que o time atua, correndo o tempo todo, com marcação ‘alta’, em busca do gol freneticamente até o apito final; isso gera evidentemente um desgaste físico, ainda mais quando a temporada se aproxima do fim.
O clássico de domingo, com o Corinthians, no Maracanã, tende a dar a resposta para pelo menos um das perguntas no ar. Se o Flamengo vencer, com nova atuação convincente, deixará para trás a má impressão dos jogos com CSA e Goiás. Mas, se não superar o time paulista e o Palmeiras, em casa, derrotar o Ceará, a rodada pode acionar o sinal de alerta na Gávea.