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Quem vai ceder primeiro? Entenda por que Corinthians e Carille seguem juntos

1 nov 2019 - 04h12
(atualizado às 06h54)
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O Corinthians chegou à conclusão de que manter Fábio Carille no comando do time não é mais a melhor escolha. E o treinador também entende que a situação chegou a um nível de desgaste muito difícil de se reverter.

A quebra do contrato só não aconteceu até agora por causa dos valores envolvidos. Simplificando, o conflito entre pagar e receber tem evitado as duas partes de tomar uma decisão mais drástica.

A diretoria corintiana espera, até com certa ansiedade, que Carille proponha uma saída amigável. O clube toparia imediatamente liberar o treinador e ignoraria a multa rescisória.

Recomeçar o trabalho com um novo técnico sem ter de gastar por isso é o cenário ideal, na visão dos cartolas alvinegros.

O Corinthians pode ter um custo superior a R$ 10 milhões com Fábio Carille em menos de um ano, se optar pela demissão do técnico (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
O Corinthians pode ter um custo superior a R$ 10 milhões com Fábio Carille em menos de um ano, se optar pela demissão do técnico (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
Foto: Gazeta Esportiva

Havia a expectativa de que esse cenário pudesse se tornar palpável nesta quinta, mas Fábio Carille decidiu não tomar tal atitude e acabou por frustrar alguns dirigentes.

A decisão do técnico corintiano foi definida após uma reunião com seus pares. Carille percebeu que sua permanência ou não dependeria de sua própria escolha, e nem tanto da preferência do clube nesse momento.

O Corinthians teria de pagar a multa rescisória a Fábio Carille, caso decidisse pela demissão sumária de um contrato com vencimento previsto para dezembro de 2020. O valor decrescente da multa está hoje na casa dos R$ 3,5 milhões.

Além disso, o Corinthians ainda deve aproximadamente R$ 4 milhões ao técnico, e pagou pouco menos de R$ 3 milhões ao Al-Wehda para repatria-lo em dezembro.

Conclusão, a iniciativa de dispensar o atual comandante da equipe poderia refletir em um gasto com Fábio Carille superior a mais de R$ 10 milhões em menos de um ano de vínculo, sem contar o pagamento do salário mensal.

O treinador tem total ciência dos valores que têm a receber e, por ora, não vai tomar a iniciativa de deixar o Corinthians. O clube, por sua vez, ainda acredita que o técnico pode mudar de opinião, o que abriria espaço para um acordo amigável.

A partir de agora, jogo a jogo, a paciência de Corinthians e Carille será testada. Além dos resultados, o desempenho em campo e a pressão externa de conselheiros e torcedores devem determinar os próximos capítulos.

Os dois lados da história estão se esforçando ao máximo para evitar um cenário desfavorável, mas ambos reconhecem que podem reconsiderar no caso da reação do time não acontecer.

O Corinthians, inclusive, preferiu se precaver e já contatou Sylvinho. O ex-lateral esquerdo será o primeiro a ser procurado, se Carille não se sustentar até o fim da temporada e deixar o comando antes do término do Campeonato Brasileiro.

Domingo, o desafio é contra o líder Flamengo, no Maracanã. Nessa sexta, logo após o treino, agendado para às 9h30, Fábio Carille concederá entrevista coletiva no CT Joaquim Grava. Em Maceió, depois da derrota para o CSA, Carille não quis atender aos jornalistas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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