Corinthians jogou com atleta que não constava na súmula
O Corinthians se livrou de uma enorme dor de cabeça no Campeonato Brasileiro de 2016. Logo na primeira rodada da competição, em jogo com o Grêmio, em Itaquera, em 15 de maio, o nome do zagueiro Balbuena, que atuou como titular, não constou na escalação oficial, formalizada na súmula eletrônica, publicada no site da CBF (veja aqui).
O caso poderia ter parado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com eventuais punições para o clube, o árbitro da partida ou à confederação – a partir do momento que se chegasse à conclusão sobre os responsáveis pelo erro. No entanto, passou despercebido por muita gente, incluindo dirigentes de outros clubes, sempre dispostos a apostar na derrota de rivais.
Seguindo-se à letra fria da justiça esportiva, Balbuena não teria condições de atuar por não constar na relação oficial. Em tese, o problema poderia levar o Corinthians a perder seis pontos no Brasileiro, o que o levaria, ao final, da sétima para a 14ª posição.
Balbuena jogou com a camisa número 4 e chegou a ser advertido com cartão amarelo. Essa punição está no documento, registrada pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, o que acentua a gravidade do erro. O clássico terminou empatado: 0 a 0.
Chama a atenção ainda o fato de o nome do atleta, no tópico ‘cartões amarelos’ ter sido escrito com letras minúsculas: “fabian cornelio balbuena gonzalez”. Ao contrário dos outros quatro jogadores que foram punidos com a mesma advertência: “Deyvison Rogerio da Silva, Edmo Ferreira Campos, Marcelo Grohe e Henrique Almeida Caixeta Nascentes.”
Na avaliação de uma fonte do Terra, de dentro da CBF, isso deixa no ar a possibilidade de uma ‘gambiarra’. Ou seja, descoberto o equívoco que poderia provocar um terremoto na competição, teria havido uma tentativa desastrada de encobertá-lo.
Antes dos jogos do Brasileiro, os clubes entregam para o quarto árbitro uma carteira com o nome, número de registro e foto de cada jogador, entre titulares e reservas. Depois, o árbitro relata as ocorrências na partida e o documento é publicado no site da CBF. Pelo sistema vigente no setor de tecnologia da informação da entidade, o problema teria como ser facilmente detectado.
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