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O sonho ‘americano’ acabou

Estados Unidos decepcionam, estão fora da Copa e não podem chegar ao recorde do terceiro título seguido

6 ago 2023 - 11h02
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Megan Rapinoe não evita a eliminação precoce dos Estados Unidos na Copa Feminina
Megan Rapinoe não evita a eliminação precoce dos Estados Unidos na Copa Feminina
Foto: REUTERS

Musovic. Esse nome (ou sobrenome) precisa ser lembrado. A goleira da Suécia foi o destaque da partida no tempo normal e na prorrogação contra as estadunidenses. A camisa 10 Lindsey Horan terá pesadelos com ela, pois a defesa de um chutaço da meia à queima-roupa foi a maior da competição. Aliás, as defensoras europeias brilharam na partida contra as tetracampeães mundiais. O sonho estadunidense das três Copas seguidas não será realizado na Oceania.

A Suécia segurou o ímpeto das pontas velocistas dos EUA. A saída de Trinity Rodman, a atacante mais perigosa, se mostrou um erro absurdo. Sophia Smith não estava inspirada.

Musovic milagreira pegou tudo e, na disputa de pênaltis mais louca da História, o sonho ‘americano’ acabou.

A campanha dos EUA foi ruim. Venceu sem brilho na estreia, 3 a 0 sobre o Vietnã, e empatou os outros três jogos: Holanda, Portugal e Suécia.

Lenda do futebol mundial, Megan Rapinoe entrou na segunda etapa, teve desempenho ruim e perdeu pênalti. Isso parece ter influenciado mal as jogadoras das duas equipes. Foi um festival de desperdícios.

Zecira Musovic não apareceu tanto no momento dos pênaltis. O papel de atriz principal passou para a goleira Naeher. Ela defendeu uma penalidade, e cobrou e fez uma das cobranças. Quase pegou a última da disputa, a de Hurtig. A sueca chutou muito forte. Naeher espalmou, a bola subiu e entrou por muito pouco. O VAR precisou analisar e entrar em campo para que a classificação da Suécia fosse decretada.

Quem perdeu pênalti? Björn e Blomqvist (Suécia); Rapinoe, Smith e O’hara (EUA).

Quem acertou a cobrança? Rolfo, Rubensson, Benisson, Eriksson e Hurtig (Suécia); Sullivan, Horan, Mewis e Naeher (EUA).

O futebol feminino dos EUA está decadente?

Não. As estadunidenses não estão em baixa. A National Women’s Soccer League continua muito forte. As categorias de base desse país da América do Norte são as melhores do mundo, embora eu tenha uma pseudoteoria de que existe preocupação tática exagerada que quase elimina totalmente o improviso no futebol dos EUA. Há um estilo de muita velocidade. Isso é até qualidade. De repente, uma simbiose do soccer com a tradição das provas do Atletismo.

O que acontece é que a NWSL conta com jogadoras de praticamente todos os continentes. Pela plataforma Twitch e por vários veículos de Comunicação, milhões acompanham a liga e a seleção. Além disso, as estadunidenses tiveram que duelar com sistemas de marcação acima da média, como os de Portugal e da Suécia. Os profissionais da modalidade conhecem as características das 'americanas': velocidade extrema pelas pontas, explosão parecida com as de velocistas do Atletismo, e jogadas aéreas ou de linha de fundo com a chegada na área de duas meio-campistas, apoiando a centroavante.

Dessa vez, a seleção dos EUA foi anulada pelas adversárias. No terceiro jogo na competição, a bendita trave salvou as estadunidentes do chute de Ana Capeta que seria o do gol da eliminação ainda na fase de grupos. Imagina? Consegui, infelizmente para as leitoras e os leitores, escrever um trocadilho infame. Hora de me despedir.

Até breve. Abraços boleiros e copeiros.

Fonte: PV Ferreira PV Ferreira é editor e jornalista esportivo com experiência em coberturas do futebol brasileiro, sul-americano e europeu, além das modalidades olímpicas e paralímpicas. As visões do colunista não representam a visão do Terra.
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