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Mercedes W15: novidade que soa antiga, mas que pode funcionar

O modelo W15 apresentado em Silverstone soa como um passo firme da Mercedes para voltar aos dias de glória, mas que precisa de mais ousadia

14 fev 2024 - 23h22
(atualizado em 15/2/2024 às 11h49)
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Resumo
A Mercedes apresentou o W15 com um novo sistema de refrigeração, distribuição de peso, suspensões frontais e traseiras revisadas e uma nova pintura para a temporada 2024. A expectativa é de que o carro possa voltar a brigar por vitórias e títulos.
Lewis Hamilton, Toto Wolff, George Russell e o W15: uma mudança para o convencional
Lewis Hamilton, Toto Wolff, George Russell e o W15: uma mudança para o convencional
Foto: Mercedes AMG F1

Tudo novo de novo. Este é o espírito da Mercedes para a temporada 2024. Após apostar na filosofia do zeropod e dar um “cavalo de pau” no meio da temporada passada para uma linha de projeto mais “convencional”, os antigos dominadores tentam recuperar o rumo para as vitórias.

A volta de James Allison ao comando técnico do time representou uma aposta no caminho que deu certo antes. E o W15 é mais um passo no caminho que foi aberto com o pacote B trazido em Monaco. A fala que veio na apresentação feita nesta quarta é que parte dos problemas foram vistos ano passado, mas não puderam ser tratados adequadamente pelas limitações orçamentárias e de tempo.

Não somente pelo abandono da solução dos zeropods, o W15 marca uma ruptura com seus antecessores. Embora parte da solução dos canhoes do capô siga presente, a Mercedes partiu em uma abordagem diferente: a adoção das laterais mais “convencionais” permitiu que o sistema de refrigeração fosse revisto, a distribuição de peso também e assim uma das reclamações de Lewis Hamilton foi atendida: a posição de pilotagem foi pelo menos 10cm para trás em relação ao W14.

A solução de usar o sistema anti-intrusão (SIS) veio de outra forma: o W15 optou por colocar dentro da carroceria, mas de forma a trazer uma entrada um pouco mais estreita e usar a mesma solução que os demais: esculpir a parte debaixo para jogar o ar mais para fora (outwash) e aproveitar o escorregador para o difusor e a asa inferior traseira.

Um ponto bem mexido foram as suspensões. Na frente, a geometria foi bem revisada, embora o sistema pushrod siga sendo usado. A maior mudança foi na traseira, aproveitando a introdução de uma nova caixa de câmbio. Para melhorar o fluxo traseiro, veio um novo difusor e a suspensão traseira adotou o pullrod, mesmo da Red Bull.

O principal objetivo é dar um carro mais estável e fácil de acertar para Russell e Hamilton. Uma das reclamações dos dois era que o W14 não era um carro tão fácil de se adaptar aos mais diversos circuitos, embora não fosse necessariamente um gastador de pneus.

Uma das coisas que chamou a atenção em Silverstone foi a pintura. A Mercedes abriu mão de um carro todo preto e voltou a adotar um prateado na parte dianteira. Os mais nostálgicos logo se lembraram da McLaren com o patrocínio da West em meados dos anos 2000.

Lewis Hamilton e o W15 em ação em Silverstone
Lewis Hamilton e o W15 em ação em Silverstone
Foto: Mercedes AMG F1

Mas o elemento que fez muita gente se movimentar foi a dianteira. Além de ser mais larga e alta, a Mercedes se inspirou no trabalho que a Alfa Romeo fez no C43 e adotou uma espécie de “terceiro” elemento na frente, além de incluir uma peça ligando a aleta dianteiro ao bico em um desenho bem sinuoso. Esta peça poderia ser um elemento para criar um fluxo de ar mais rápido (um vórtice) e assim gerar mais pressão. Muitas sobrancelhas se levantaram...

George Russell saindo dos boxes com o W15. Em amarelo, a ligação que a Mercedes fez para tentar potencializar mais o ar na frente do carro
George Russell saindo dos boxes com o W15. Em amarelo, a ligação que a Mercedes fez para tentar potencializar mais o ar na frente do carro
Foto: Mercedes AMG F1

George Russell e Lewis Hamilton tiveram a oportunidade de pilotar o carro no shakedown em Silverstone e foram cautelosamente otimistas. Os dados de simulador dão conta que o W15 é superior ao seu antecessor. Porém, é preciso esperar. A Mercedes, tal qual a Ferrari, optou por romper com o que havia feito nos últimos anos, mas usando elementos da concorrência.

A vantagem desta abordagem é que, desta vez, há uma base mais sólida para desenvolvimento. Aqui reside a esperança da Mercedes de poder voltar a brigar por vitórias e títulos. Mas a impressão que dá é que o conceito do W15 veio com um atraso de pelo menos um ano. Veremos o que o cronômetro nos dirá. No final do dia, este é o principal patrão.

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