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F1: Os desafios de Frederic Vasseur no comando da Ferrari

A Ferrari vive um jejum de títulos de mais de 10 anos e não só luta pela taça, mas para não depender mais das glorias do passado

17 jan 2023 - 13h52
(atualizado às 14h21)
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Vasseur em uma reunião no primeiro dia de trabalho na Ferrari
Vasseur em uma reunião no primeiro dia de trabalho na Ferrari
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

Logo após o final do campeonato de 2022 da Fórmula 1, Helmut Marko e Max Verstappen foram questionados sobre quem seria seu potencial rival em 2023. E mesmo que a Ferrari tenha começado o último campeonato na luta pelo título, a resposta dada por eles foi: Mercedes. 

A equipe alemã teve um ano terrível comparado as suas últimas oito temporadas como campeã. Foi apenas uma vitória e dobradinha em 2022, que veio na penúltima corrida, depois de um ano cheio de trabalho para evoluir um carro que nasceu errado. Contudo, para o consultor da equipe austríaca, a Mercedes tem vantagens sobre o time italiano. Entre elas, está a confiabilidade do carro e principalmente a organização estratégica. 

A verdade é que atualmente a Ferrari se pendura em uma narrativa histórica como maior escuderia da F1, mas o jejum de títulos só aumenta a cada ano e muitos dos novos fãs da categoria nunca viram o carro vermelho levar a melhor no final. Por isso existe um grande movimento de fãs que consideram Mercedes e Red Bull as maiores equipes da categoria.  

O cenário de 2023 para a Ferrari é desafiador. Eis a “pequena” lista de tarefas:  criar um carro mais competitivo e confiável; melhorar as relações internas com sua dupla de pilotos; encontrar uma mão de liderança para guiar o time e remontar sua parte de estratégias.   

Depois de arriscar a liderança do time com Maurizio Arrivabene (2014/18), mais conhecido por ser um homem do marketing, a Ferrari arriscou trazendo Mattia Binotto, um de seus principais engenheiros, como chefe da equipe a partir de 2019. Agora é a vez de Frederic Vasseur, ex-chefe da Sauber/Alfa Romeo, assumir essa responsabilidade de conquistar um campeonato para os italianos. 

Vasseur tem uma longa lista de conquistas em seu currículo. Engenheiro de formação, ele criou e comandou a ART Grand Prix, equipe onde Nico Rosberg e Lewis Hamilton ganharam seus títulos na GP2 (atual F2). Na F1, sua jornada começou na Renault como chefe de equipe, onde teve uma breve passagem, e depois partiu para uma parceria com a Sauber desde 2017, que persistiu até o ano passado como CEO e responsável pelas operações. No dia 9 de janeiro ele assumiu oficialmente o comando da Ferrari, com o seu primeiro dia de trabalho sendo divulgado pela própria equipe nas redes sociais. 

Obviamente que mudar o rosto de quem apanha da imprensa e dos ferraristas caso algo de errado, não é o suficiente, embora dê um alívio por um certo tempo. Por isso todos esperam com grandes expectativas quais atitudes a equipe de Maranello pode tomar e especulações sobre quem o novo chefe deve mandar embora ou promover estão a pleno vapor 

Contudo, fica claro que isso deixou de ser só uma busca de mais de dez anos por um título e passou a ser também uma luta para reconstruir sua confiança e credibilidade e Vasseur tem muitos anos de experiência para fazer isso acontecer. Porém, estará ele à altura do desafio?

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