F1: Norris vence na Áustria e Bortoleto termina em 8º

Lando Norris venceu o Grande Prêmio da Áustria, transformando a pole position em uma vitória sólida. Oscar Piastri e Charles Leclerc completaram o pódio, enquanto Gabriel Bortoleto terminou em oitavo, conquistando seus primeiros pontos pela equipe.

O caos no GP da Áustria começou antes mesmo da largada. Ainda na volta de apresentação, Carlos Sainz teve problemas no carro e sequer conseguiu sair do lugar. Com a ajuda dos engenheiros da Williams, tentaram resetar os comandos e colocá-lo de volta à pista — mas não adiantou. A situação saiu do controle e, ao retornar aos boxes, o carro acabou pegando fogo.

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A corrida começou às 10h15, no horário de Brasília, com apenas 19 carros no grid e uma volta já descontada por causa da volta de apresentação que não aconteceu. Ou seja, o clima já era de tensão antes mesmo da luz verde.

Na largada, Lando Norris saltou bem e manteve a liderança, enquanto Oscar Piastri foi agressivo, mergulhou por dentro de Leclerc e garantiu o segundo lugar. Mas nem deu tempo de respirar: logo nos primeiros metros, Kimi Antonelli travou os freios e acertou Max Verstappen em cheio. Os dois abandonaram ali mesmo, na primeira volta. Carlos Sainz também deixou a prova, e o Safety Car precisou ser acionado para limpar a bagunça.

Com a relargada na volta 4, os dois carros da McLaren dispararam na frente. Piastri colado em Norris, os dois trocando posições com manobras limpas e intensas. O duelo chamou atenção pela competitividade e respeito mútuo, enquanto Leclerc, Hamilton e Russell tentavam se manter por perto. Mais atrás, Gabriel Bortoleto se destacava: com bom ritmo e pneus médios, foi ganhando posições e já figurava entre os oito primeiros.

A partir da volta 13, os primeiros pit stops começaram. O calor estava castigando os pneus e obrigou Gasly e Bearman a deixarem os compostos macios de lado. Na frente, Norris e Piastri seguiam firmes, abrindo vantagem para Leclerc. Bortoleto, em grande fase, fez bela ultrapassagem sobre Gasly e chegou ao sétimo lugar, sonhando com seus primeiros pontos na F1. Com três abandonos e duas vagas extras no top 10, as chances do brasileiro pareciam reais.

Entre as voltas 14 e 22, a corrida começou a se definir estrategicamente. McLaren tentava controlar a disputa interna, mas os dois pilotos quase se tocaram na curva 4. Piastri assumiu a ponta, mesmo com um flat-spot nos pneus, e foi autorizado a seguir forçando o ritmo.

Norris parou na volta 21 para colocar pneus duros e voltou à frente de Bortoleto, que seguia sólido no top 10. A equipe britânica conseguiu evitar o tráfego e agora precisava equilibrar a performance dos dois pilotos, sem repetir erros estratégicos do passado.

Após a primeira rodada de pit stops, Norris retomou a liderança e abriu 6,5 segundos sobre Piastri, mesmo com pneus mais velhos. A McLaren passou a orientar o australiano a evitar novas travadas, após o dano nos pneus. Com a diferença entre os dois crescendo, a equipe deixou claro: a disputa está liberada, mas o resultado da equipe não pode ser comprometido. Leclerc, Alonso e Hamilton fechavam os cinco primeiros, enquanto Liam Lawson apostava tudo em uma única parada — ainda sem trocar pneus até ali.

Na Kick Sauber, a estratégia também começou a se desenhar. Bortoleto, com ritmo mais forte, pediu via rádio para ultrapassar Hülkenberg. Pedido aceito, e o brasileiro não desperdiçou a chance: assumiu a posição e se manteve firme entre os dez primeiros, mantendo vivas as chances de pontuar em sua temporada de estreia.

Com cerca de 30 voltas completas, Norris seguia confortável na liderança, enquanto Piastri tentava reduzir a diferença aos poucos. A expectativa era de que o desfecho entre os dois viesse no segundo stint, quando o desgaste dos pneus faria ainda mais diferença. Leclerc se mantinha tranquilo em terceiro, e Russell corria praticamente sozinho: sem ritmo para alcançar os líderes, mas distante o suficiente dos Sauber que vinham atrás.

Bortoleto continuava firme no top 10, agora acompanhado de Hülkenberg — que largou em último e fazia corrida de recuperação. Ocon, Gasly e Bearman completavam a zona de pontuação até o momento, apesar das reclamações de Gasly sobre o equilíbrio do carro. Hadjar havia superado Colapinto por P13, enquanto Lawson e Alonso seguiam firme na estratégia de apenas uma parada. O espanhol já havia feito seu pit stop e indicava que pretendia ir até o fim com os pneus duros.

A Red Bull, por outro lado, vivia um verdadeiro pesadelo. Com Verstappen fora desde a primeira volta, agora era Yuki Tsunoda quem se complicava, recebendo 10 segundos de punição por colisão com Colapinto. Um GP para esquecer.

Com metade da prova concluída, as estratégias começavam a pesar, os pneus davam sinais de desgaste e tudo indicava que a reta final seria de tirar o fôlego.

Com 14 voltas para o fim, a disputa na liderança ficou mais apertada. Piastri, com pneus mais novos, vinha reduzindo a vantagem de Norris, que ainda conseguia manter cerca de 1,9 segundos à frente após conseguir limpar o tráfego na pista. Apesar da pressão, Norris pediu ajuda para encontrar ritmo e conseguiu responder, evitando que o companheiro de equipe se aproximasse demais. A McLaren prometia uma emocionante batalha até o fim.

Enquanto isso, Gabriel Bortoleto seguia firme na zona de pontos, perseguindo Alonso e Lawson, que apostavam em uma estratégia de apenas uma parada. Nico Hülkenberg, largando do último lugar, também tentava conquistar pontos importantes para a Sauber. Hadjar, por sua vez, sofria com pneus muito desgastados e recebeu uma penalidade, perdendo tempo na disputa.

Na frente, Leclerc seguia tranquilo em terceiro, longe da disputa principal, com Hamilton e Russell logo atrás. O grupo mais atrás se movimentava em estratégias diferentes, com pilotos tentando manter posições enquanto a prova entrava em sua fase decisiva.

As voltas finais do Grande Prêmio foram eletrizantes, com Bortoleto e Alonso lutando ponto a ponto, quase como uma disputa direta. De um lado, um campeão mundial; do outro, o futuro da Fórmula 1.

Lando Norris dominou o Grande Prêmio da Áustria e conquistou a vitória com autoridade. Oscar Piastri completou a dobradinha da McLaren, garantindo o segundo lugar, enquanto Charles Leclerc fechou o pódio em terceiro lugar.