F1 2026: Audi e Cadillac estreiam, Ford e Honda retornam: confira o grid completo
Pela primeira vez em 10 anos, a F1 terá 11 equipes e 22 carros. Confira o que mudará para a próxima temporada
A temporada da F1 2026 promete ser histórica, marcada pela transição de regulamento técnico e por um novo regulamento de motores, depois de 12 anos. Audi e Cadillac estreiam, Ford e Honda retornam. Ao mesmo tempo, haverá despedidas importantes. A tradicional equipe Sauber, presente na F1 desde 1993 sob diferentes nomes, deixa definitivamente o cenário para dar lugar à Audi. A Renault também deixará de fornecer motores. Apesar disso, o grupo mantém a Alpine no grid, agora equipada com motores Mercedes.
Depois de muitos boatos nos últimos anos, Audi e Cadillac finalmente entrarão na categoria com equipes próprias. Representantes de duas gigantes do setor automotivo, grupo Volkswagen e General Motors (GM), enxergaram uma oportunidade fruto do trabalho da Liberty Media nos últimos anos e do teto de gastos. Estar na F1 nunca foi tão lucrativo: além do retorno em marketing, a categoria se tornou sustentável financeiramente, com as equipes conseguindo não apenas fechar as contas no azul, mas também registrar grande faturamento.
Audi
A Audi adquiriu a estrutura da Sauber e, na prática, pouca coisa muda em relação à equipe. Mattia Binotto (ex-Ferrari), diretor do projeto, e Jonathan Wheatley (ex-Red Bull), chefe de equipe, continuam em seus cargos. A contratação de ambos foi negociada em 2024, já sob a notícia da chegada da Audi. O brasileiro Gabriel Bortoleto e o alemão Nico Hülkenberg permanecem como dupla de pilotos.
Cadillac
A Cadillac teve uma entrada mais conturbada. Precisando de uma nova estrutura, o plano inicial da montadora foi apoiar a entrada da Andretti como equipe, fornecendo motores, mas não obteve sucesso. Após muita negociação, a montadora teve que pagar 450 milhões de dólares como taxa compensatória para as demais equipes.
Quem vai liderar a equipe será o britânico Graeme Lowdon, com experiência pela Marussia/Manor, tanto na F1 quanto no WEC. A montadora preferiu contratar dois pilotos experientes neste primeiro momento: o mexicano Sergio Pérez e o finlandês Valtteri Bottas, considerando as dificuldades que a equipe enfrentará começando do zero.
Devido ao tempo apertado, a Cadillac optou por usar motores próprios apenas em 2028, aproveitando o período para melhor desenvolvimento. Enquanto isso, firmou uma parceria técnica com a Ferrari para fornecimento de motores em 2026 e 2027. Em novembro, como parte da colaboração, a Cadillac realizou testes em Ímola com a Ferrari SF23 (2023). Os treinos serviram para praticar logística, pit stops, coleta de dados e integração da equipe em ambiente real de pista.
Honda
A primeira pergunta sobre a Honda seria: "Como existe retorno se ela estava com a Red Bull até 2025?". A história é um pouco confusa, mas não é bem assim. Oficialmente a Honda saiu da categoria em 2021, após anunciar sua saída em 2020. A montadora manteve suporte técnico aos motores da Red Bull, que criou uma divisão chamada Red Bull Powertrains, posteriormente renomeada de Honda Red Bull Powertrains.
A Honda admite que tentou negociar com a Red Bull, mas a negociação não obteve sucesso, principalmente pela Red Bull querer desenvolver seu motor próprio. A partir disso, fechou um acordo com a Aston Martin, que abandona os motores Mercedes, usados pela equipe desde quando ainda se chamava Force India, em 2009. A divisão de motorsport da Honda (HRC) está cuidando do desenvolvimento dos novos motores.
A montadora japonesa começa sua quinta passagem pela categoria. Primeiramente esteve com equipe própria nos anos 1960. Depois voltou em 1984, inicialmente com a equipe Hart, posteriormente com parcerias de sucesso e títulos com Williams e McLaren, além de fornecer para a Lotus. Voltou novamente em 2000, em parceria com a BAR. Comprou a equipe e renomeou como Honda em 2006, saindo novamente em 2008. Em 2015, um novo retorno, inicialmente com a McLaren, depois migrando para as equipes da Red Bull.
Ford
A Ford é um nome bastante forte na categoria. Em parceria com a Cosworth, fez o motor de maior sucesso na categoria, o DFV, que dominou a F1 do final dos anos 60 até o começo dos anos 80. Apenas a Ferrari conseguiu quebrar a hegemonia nesses anos. Posteriormente, conseguiu o título de pilotos de 1994, com Michael Schumacher na Benetton.
A partir de 2000, o grupo Ford resolveu tirar a marca principal e trazer a Jaguar, com motores Cosworth, que na época era propriedade da montadora. Após anunciar que estava vendendo as duas marcas, no final de 2004, anunciou também que iria sair da F1 e que a equipe estava à venda. Posteriormente foi anunciada a compra por parte da Red Bull.
Em 2023, a Ford anunciou a parceria com a mesma Red Bull. Mas, diferente das outras citadas acima, a Red Bull irá manter sua divisão de motores ativa, com a Ford entrando como parceira tecnológica e de branding, fornecendo know-how em áreas estratégicas. O motor vai se chamar oficialmente Red Bull Ford Powertrain.
Além da entrada das quatro citadas acima, também teremos a continuação de Ferrari e Mercedes como equipes e fornecedoras de motores na categoria. Confira a o grid completo:
Grid da Fórmula 1 — Temporada 2026
| Equipe | Pilotos |
|---|---|
| Alpine‑Mercedes | #10 Pierre Gasly #43 Franco Colapinto |
| Aston Martin‑Honda | #14 Fernando Alonso #18 Lance Stroll |
| Audi | #5 Gabriel Bortoleto #27 Nico Hülkenberg |
| Cadillac‑Ferrari | #11 Sergio Pérez #77 Valtteri Bottas |
| Ferrari | #16 Charles Leclerc #44 Lewis Hamilton |
| Haas‑Ferrari | #31 Esteban Ocon #87 Oliver Bearman |
| McLaren‑Mercedes | #1 Lando Norris #81 Oscar Piastri |
| Mercedes | #63 George Russell #12 Andrea Kimi Antonelli |
| Racing Bulls‑RB Ford | #30 Liam Lawson #41 Arvid Lindblad |
| Red Bull‑RB Ford | #3 Max Verstappen #20 Isack Hadjar |
| Williams‑Mercedes | #23 Alexander Albon #55 Carlos Sainz |