Exclusivo: Eduardo Freitas, diretor de provas do WEC, comenta sobre implementação de Inteligência Artificial no esporte
O parabólica teve a oportunidade de falar com Eduardo Freitas, diretor de provas da FIA e diretor das 6h de São Paulo
A cidade de São Paulo recebe, neste final de semana, entre os dias 11, 12 e 13 de julho a quinta etapa do campeonato mundial de Endurance (WEC). O parabólica teve o prazer de entrevistar, com exclusividade, o diretor de provas da FIA Eduardo Freitas, que comentou sobre a implementação cada vez mais forte da Inteligência Artificial no ambiente das corridas.
Parabólica: Eduardo, vocês pretendem, como categoria, adotar a utilização de Inteligência Artificial?
Eduardo Freitas: As equipes já utilizam, se a gente não implementar, seremos ultrapassados (por elas). Hoje mesmo, eu já sou confrontado sobre minhas decisões. Não tem como a gente lutar contra esses avanços tecnológicos. Temos que entender a aplica-los a nosso favor. Eles (equipes) utilizam a IA para prever o que a direção de prova irá aplicar e questionam, por exemplo, o porque aplicamos uma full course yellow e não apenas uma amarela local. Existem as regras, mas também existe toda uma equipe que analisa a situação completa. Por exemplo, no caso hipotético de um carro escapar na pista em um ponto de retirada, coloca-se a bandeira amarela. Se na volta seguinte, outro carro escapar próximo ao mesmo ponto, eu preciso de uma FCY para retirar este segundo carro da pista. Não é tão simples quanto parece.
Freitas também elogiou muito a evolução das 6h de São Paulo de 2024 para 2025
“Preciso enfatizar aqui com vocês, como a estrutura para receber o WEC melhorou do ano passado para esse. É outra coisa. Quando chegamos já deu para perceber que está infinitamente melhor. Não estou falando da pista, que isso ainda não consigo saber, mas estruturalmente, estão de parabéns”