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Ben Sulayem promove mudanças na FIA e pode dificultar candidatura de Carlos Sainz

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, está no centro de uma nova controvérsia. Ele propôs uma série de alterações no estatuto da entidade que podem aumentar seu controle sobre a federação e, ao mesmo tempo, limitar a possibilidade de surgimento de adversários na eleição presidencial marcada para dezembro deste ano. […]

14 mai 2025 - 22h06
(atualizado às 22h06)
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Foto: Esporte News Mundo

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, está no centro de uma nova controvérsia. Ele propôs uma série de alterações no estatuto da entidade que podem aumentar seu controle sobre a federação e, ao mesmo tempo, limitar a possibilidade de surgimento de adversários na eleição presidencial marcada para dezembro deste ano. As mudanças geraram reação imediata nos bastidores da Fórmula 1 e colocaram em xeque a transparência do processo eleitoral.

Segundo apuração da BBC, uma das propostas mais polêmicas é a antecipação do prazo para o registro de candidaturas. Antes, os candidatos tinham até 21 dias antes da eleição para oficializar suas intenções. Agora, com a nova regra aprovada, esse prazo subiu para 49 dias. A medida é vista por muitos como uma forma de dificultar a organização de campanhas de oposição.

Outra alteração significativa é a criação de um novo critério de elegibilidade, que prevê que candidatos à presidência da FIA não podem ter histórico que "comprometa sua integridade profissional". Embora a regra seja genérica, analistas do automobilismo acreditam que a medida pode ser uma tentativa velada de barrar a candidatura do espanhol Carlos Sainz, bicampeão mundial de rali e nome cada vez mais citado como possível desafiante de Ben Sulayem.

Sainz já declarou publicamente seu interesse em concorrer ao cargo e afirmou que pretende trazer uma visão mais moderna e democrática à federação. Porém, sua ligação direta com o paddock da Fórmula 1 — já que seu filho, Carlos Sainz Jr., compete pela Ferrari — poderia ser usada como argumento para questionar sua imparcialidade, caso a cláusula de integridade seja interpretada de forma subjetiva.

Além das mudanças relacionadas às eleições, Ben Sulayem também alterou a estrutura interna da FIA. Agora, o presidente poderá nomear até 16 membros do Senado da entidade, órgão que tem influência direta nas decisões estratégicas. Também passou a ser necessário o aval do próprio presidente e do presidente do Senado para que investigações dos comitês de ética e auditoria sejam iniciadas, o que reduziu a independência desses órgãos fiscalizadores.

As alterações no estatuto foram aprovadas em reunião do Conselho Mundial do Esporte a Motor e, apesar de não violarem as regras internas da FIA, despertaram críticas de dentro e fora da entidade. O piloto George Russell, por exemplo, já havia feito duras críticas à gestão de Ben Sulayem, afirmando que a direção da federação "não sabe para onde está indo". Outros nomes importantes, como o ex-vice-presidente Robert Reid e a ex-CEO Natalie Robyn, deixaram seus cargos após desentendimentos com o presidente.

As eleições estão marcadas para 12 de dezembro, em Tashkent, no Uzbequistão. Até lá, os bastidores prometem seguir movimentados, com uma disputa não apenas por votos, mas pelo futuro da governança no automobilismo mundial.

Esporte News Mundo
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