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Atletismo

Por medalhas, investimento paralímpico pós-Londres aumenta 142%

28 jul 2013 - 14h03
(atualizado às 14h03)
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<p>Verônica Hipólito é uma das esperanças do Brasil no atletismo</p>
Verônica Hipólito é uma das esperanças do Brasil no atletismo
Foto: Getty Images

Na Olimpíada de Londres, o Brasil conquistou três ouros e terminou na 22ª colocação geral. Pouco depois, na Paralimpíada, a equipe brasileira venceu 21 ouros e conseguiu a sétima posição. O bom resultado entre os paratletas se repetiu no Mundial Paralímpico de Atletismo, quando o saldo foi de 16 medalhas douradas e a terceira colocação. A promessa é de que esse processo cresça, já que verbas cada vez mais altas vêm sendo empregadas no esporte paralímpico.

Segundo o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, o valor que será investido até os Jogos do Rio de Janeiro será 142% maior que aquele aplicado no ciclo para Londres. De R$ 165 milhões, o esporte receberá R$ 400 milhões (R$ 100 milhões por ano).

"Muito está investido e era natural esperar resultados. Se comparar com outros comitês que sediaram edições dos Jogos, como o da Grã-Bretanha, os números estão bastante altos. Acho que vamos dar aos atletas a melhor condição possível", afirmou Parsons, que explicou que o Comitê busca manter o equilíbrio entre os valores recebidos por cada modalidade, mas que natação e atletismo são realmente aqueles que mais são agraciados.

Além da verba para o ciclo do Rio de Janeiro, outra ferramenta do Brasil para o desenvolvimento de paratletas será um centro de treinamento que está em construção na zona sul de São Paulo, próximo ao Centro de Exposições Imigrantes, em ponto em que existia uma Febem. O local abrigará trabalhos de 15 modalidades e tem a pretensão de receber os Jogos Parapanamericanos Juvenis de 2017.

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"A ideia é que fique pronta ao menos a parte esportiva no fim do ano que vem para que em 2015 esteja totalmente operacional. Para o ciclo de 2020, usaremos de forma permanente e pensamos que seja um centro internacional, para que ajude a desenvolver o esporte em nações da América do Sul e da África, além de outros países que nos procuram", explicou Parsons que está na disputa da eleição para a vice-presidência do Comitê Paralímpico Internacional.

"Existe uma intenção de fazer centros regionais. Esse seria o nacional. Mas para isso é preciso dos recursos para fazer. Sozinho o Comitê não consegue, precisaria de uma parceria. Já fomos procurados por alguns governos para fazer centros regionais. Estamos conversando, mas ainda é muito cedo para definir", disse o presidente do CPB.

*O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.

Fonte: Terra
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