Atleta olímpico brasileiro sofre queda após colchão se abrir no Campeonato Paulista
Thiago Moura é atleta de salto em altura e pulava 2,19m no momento do acidente
O atleta olímpico Thiago Moura, do salto em altura, sofreu uma queda quando saltava 2,19 m na final do Campeonato Paulista de Atletismo realizado no domingo, 29, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo.
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Assim que ele saltou por cima da barra, virou o corpo e caiu diretamente no estrado que fica abaixo do colchão, que amortece o impacto dos atletas.
"Assim que caí no colchão ele se abriu e eu caí direto no estrado abaixo dele. Caí de cabeça e parte das minhas costas. Ouvi e senti um estralo, não sabia se havia sido no estrado ou em mim. Fiquei fraco e mole. Me tiraram do colchão e logo percebi que já estava no chão sendo imobilizado. O susto foi grande", disse Thiago ao Terra.
"Nos exames de imagem, não constataram nada grave, apenas a pancada. Fui medicado e aconselhado a ficar em casa pelos dias seguintes e a me medicar para as dores", completou.
Nesta quinta-feira, 3, após cumprir o período de repouso, Thiago voltou a mover a área lesionada e se prepara para iniciar cuidados com fisioterapeutas.
Ele se prepara para o Troféu Brasil, que também será disputado em São Paulo, e o Campeonato Mundial em Tóquio, no Japão.
"Na semana que vem eu teria dois Grand Prix internacionais para ir, um no Equador e outro na Bolívia. Agora não vou poder ir (...) Isso pode custar muito pra enfim conquistar a vaga do Mundial e também performar bem no troféu Brasil".
Thiago treina junto com a companheira Sarah Freitas, que também é atleta de salto em altura, e estava bem próxima ao colchão na hora do acidente.
"Estava assistindo de perto e vi na hora, na competição passada isso já havia acontecido mas não foi tão grave quanto dessa vez, esperei o Thiago sair do 'buraco' que se fez no colchão mas ele demorou e percebi a seriedade do acidente", disse Sarah ao Terra.
Segundo eles, uma semana antes do torneio deste domingo, o mesmo problema foi notado pelos atletas que disputavam a competição. De acordo com os relatos, não havia nenhuma lona por cima do colchão e outros atletas precisavam segurar o equipamento durante o salto dos companheiros.
"Foi avisado não só por mim. Isso é discutido no congresso técnico do Campeonato Paulista. Queremos uma solução desse colchão. Falaram que amarraram e colocaram a lona para segurar", disse Thiago.
O presidente da Federação Paulista de Atletismo, Joel Lucas Vieira de Oliveira, foi pessoalmente ao hospital pedir desculpas pelo ocorrido e entender a situação física de Thiago.
Em nota enviada ao Terra, a Federação Paulista de Atletismo afirmou que "Thiago Moura foi prontamente atendido pela equipe de saúde presente no evento, recebeu cuidados médicos emergenciais e foi removido para o Hospital Assunção, onde, além do atendimento hospitalar habitual, foram realizados exames para verificar eventuais lesões. Após a certificação de que estava bem, ele recebeu alta e encontra-se em repouso. A FPA tem mantido contato com a família para acompanhar sua recuperação.
Em relação ao colchão que se abriu, informamos que, para a realização das competições, a FPA adotou um procedimento de junção dos colchões que, infelizmente, não suportou o grande volume de saltos. A FPA assume a responsabilidade pelo equipamento avariado que gerou o acidente e já está tomando providências para evitar que problemas como esse ocorram novamente."
A prova foi encerrada após o acidente e Thiago ficou na segunda posição.
