PUBLICIDADE
Logo do Seleção Argentina

Seleção Argentina

Favoritar Time

Filha que lutou contra a morte fez Di María ser homem de fé

Mía veio ao mundo com 30% de chance de vida. É inspirado nela que o pai Angel Di María tentará jogar a final da Copa no domingo

7 jul 2014 - 16h22
(atualizado às 21h57)
Compartilhar
Exibir comentários
Di María e a filha Mía: depois dela, o pai nunca mais foi o mesmo
Di María e a filha Mía: depois dela, o pai nunca mais foi o mesmo
Foto: Instagram / Reprodução

Jornais argentinos disseram que ele estava fora da Copa do Mundo. Eugenio López, seu empresário, também jogou a toalha. Mas os médicos da seleção argentina disseram que há uma chance para Angel Di María jogar a final do Mundial. Era tudo o que ele precisava.

Quer acompanhar as notícias e jogos da sua seleção? Baixe nosso app. #TerraFutebol

Em abril do último ano, os médicos também deram uma notícia difícil para Angel e sua mulher, Jorgelina. Uma questão bem mais delicada que o futebol, inclusive. Aos seis meses de gestação, o nascimento da pequena Mia teve que ser antecipado. As chances da filha dele morrer prematura eram de 70%, mas Di María preferiu se agarrar aos outros 30%. Foi uma dessas vitórias que marcam para sempre a vida de qualquer um.

“Minha filha me ensinou que tudo é possível. A saber que o mais difícil, às vezes, pode se converter em algo fácil”, definiu à época Angelito, como é conhecido, ao jornal Marca. “Ela me ensinou a saber sofrer e a aguentar a dor, a ser mais forte. Tudo isso que me transmitiu ajudou a fazer um ano espetacular”, definiu Di María sobre a melhor temporada da sua vida.

Além da fé, Jorgelina e o marido também se esforçaram para conquistar a vitória com Mia. Duas vezes por dia, de 22 de abril até a alta em 13 de junho, o casal se dirigia ao hospital para ver, pouco a pouco, os 30% de vida se transformar em 100%.

Reserva do reserva aos 16 anos, Di María virou craque de Copa do Mundo

<p>Com coração para Jorgelina e Mía, Di María celebra gol heroico contra a Suíça</p>
Com coração para Jorgelina e Mía, Di María celebra gol heroico contra a Suíça
Foto: Ivan Alvarado / Reuters

Desafiar as probabilidades, por sinal, também foi uma atitude que marcou a vitória de Di María no futebol. Aos 16 anos, sua rotina no esporte estava muito longe daquela de jovens badalados desde o berço. No Rosário Central, Angel costumava ser reserva do reserva durante os juvenis. Só jogava os torneios regionais, em Santa Fé, e ficava de fora das ligas nacionais.

Nessa época, Di María ajudava o pai no trabalho com lenha e carvão. A treinamentos, confessou o treinador Marcelo Trivisonno ao La Nación, Angel chegava com as mãos sujas. Até que um dia, por dessas coisas do destino, a sorte se virou ao garoto. Então titular do Rosário, o meia Gervasio Nuñez precisou se ausentar por dez dias – e nunca mais recuperou o lugar.

No fim do mesmo ano, em 2005, Di María estreava como titular do Rosário Central em partida contra o Independiente. Já badalado à época, Kun Agüero estava do outro lado. Angel teve 20 minutos, mas fez a jogada do gol de Marco Rubén para iniciar uma história já conhecida. Dali ao Benfica-POR, ao ouro olímpico em 2008 e ao título europeu pelo Real Madrid em 2014.

Por sonho da final, Di María sabe que tem sua torcida

Enquanto tentará fortalecer os músculos de sua perna direita, Di María fica na torcida por uma vitória da Argentina contra a Holanda na próxima quarta-feira, em São Paulo. Se precisar de inspiração, basta se recordar da história que trilhou no futebol ou da vitória que Mía conquistou em seus primeiros dias no mundo. E que assim descreveu a mulher, Jorgelina, em uma carta (veja completa aqui).

“Você veio a esse mundo para nos ensinar que não pode se render jamais. E para demonstrar que, se quiser, esse mundo pode belo em cor de rosas”.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade