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Após puxão de orelha, Inglaterra chega ao mata-mata da Copa consistente defensivamente

Mesmo com goleada na estreia, o técnico Gareth Southgate reclamou dos dois gols sofridos contra o Irã. Agora, a defesa inglesa chega às oitavas de final sem ser vazada há duas partidas

4 dez 2022 - 04h17
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Stones e Maguire formam dupla de zaga intocável da Inglaterra nesta Copa (Foto: NICOLAS TUCAT / AFP)
Stones e Maguire formam dupla de zaga intocável da Inglaterra nesta Copa (Foto: NICOLAS TUCAT / AFP)
Foto: Lance!

Depois que recebeu um 'puxão de orelha' do técnico Gareth Southgate no pós-jogo de estreia da Inglaterra na Copa do Mundo, a defesa da seleção inglesa se encaixou e agora chega nas oitavas de final da competição sem ser vazada há dois jogos.

Mesmo goleando o Irã por 6 a 2, a forma com que o English Team sofreu os dois gols não agradou o treinador, que havia modificado o esquema tático para esse jogo em relação ao que usou durante boa tarde do ciclo até a Copa.

Se na construção da Inglaterra até o Mundial, o esquema tático usado na maioria das vezes foi o 3-4-3, para o primeiro jogo da seleção inglesa na Copa a formação escolhida foi o 4-3-3, com o meio-campista Mason Mount entrando no lugar de Eric Dier, zagueiro que geralmente fazia a sobra quando a trinca era utilizada.

A escolha por mudar o sistema de jogo teve muito a ver com o adversário, pois era sabido que o Irã não iria propor jogo, dando a bola para os ingleses. Assim, não faria sentido atuar com três zagueiros. A escolha ainda atendeu a aclamação popular, já que Gareth Southgate sempre foi criticado pelo seu estilo mais reativo. Porém, os dois gols sofridos contra a seleção iraniana surgiram de falhas da dupla de zaga. Primeiro, Maguire não acompanhou Taremi, que passou pelas suas costas - no entanto, o defensor desabou no gramado, se sentindo mal, logo após o lance. Depois, no último momento da partida, Stones puxou Poulariganji dentro da área e de forma desnecessária cedendo uma penalidade que foi convertida novamente por Taremi.

Essas dificuldades fizeram com que Southgate cogitasse retomar o esquema tático com três zagueiros no jogo seguinte, contra os Estados Unidos. Porém, o treinador deu mais uma chance para o estilo menos defensivo e viu evolução, quando o time se segurou atrás, mesmo sofrendo alguns sustos, principalmente no primeiro tempo. O duelo contra os americanos terminou empatado sem gols. Maguire se destacou com a soberania nas jogadas aéreas, insistidas à exaustão pelo US Team no segundo tempo. E a falta de criação do meio para frente escancarou a necessidade da Inglaterra seguir com a formação que tinha iniciado a Copa do Mundo, mas achando o 'meio-campista ideal'.

Soberania defensiva da Inglaterra nas bolas aéreas vista de cima (Foto: Odd ANDERSEN / AFP)
Soberania defensiva da Inglaterra nas bolas aéreas vista de cima (Foto: Odd ANDERSEN / AFP)
Foto: Lance!

Precisando de, pelo menos, um empate na última rodada da fase de grupos, contra o País de Gales, Southgate não escalou o time reserva, mas promoveu quatro mudanças no time titular em relação às duas partidas. Nenhuma delas, no entanto, foi no miolo de zaga, que comprovou a estabilidade de Maguire e Stones.

Agora, a Inglaterra chega às oitavas de final do Mundial com algumas dúvidas na escalação inicial, contra Senegal, mas a dupla de defensores segue intocável. Fora que a possibilidade de retomada do esquema com três zagueiros nem é mais cogitada.

Como opções entre os beques, Gareth Southgate ainda tem Coady e Dier entre os reservas. Ben White, do Arsenal, abandonou a concentração na última quarta-feira (30), por conta de problemas pessoais, e não disputará mais a Copa do Mundo. Ele havia ficado no banco de reservas nos dois primeiros jogos e não entrou um minuto sequer.

Lance!
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