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Apesar do coronavírus, Scheidt mantém preparação olímpica na Itália

Bicampeão olímpico diz que vai manter os treinos na Itália, um dos países mais afetados pelo surto da doença

11 mar 2020 - 23h37
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Uma das referências do esporte olímpico brasileiro, Robert Scheidt não se intimida diante do coronavírus. Apesar de morar na Itália, um dos países mais afetados pelo surto da doença, o bicampeão olímpico diz que vai manter os treinos no país europeu, em preparação para a sua sétima Olimpíada da carreira.

"Sigo treinando aqui na Itália. Tem muita coisa fechada, a escola das crianças e os clubes, por exemplo, mas mantive meu barco fora do clube. Então, consigo treinar na água e fazer a parte física, como andar de bicicleta nas ruas ou na montanha", diz o atleta, prestes a bater o recorde de participações de um brasileiro em Olimpíadas.

Robert Scheidt segue preparação para Tóquio-2020, apesar do coronavírus
Robert Scheidt segue preparação para Tóquio-2020, apesar do coronavírus
Foto: Divulgação / Estadão

Scheidt mora na pequena Torbole, às margens do Lago di Garda. A cidade conta com cerca de 2 mil habitantes. "Na verdade, a rotina não mudou muito por aqui, a cidade é pequena e não tem nenhum caso de coronavírus. O que estamos evitando são grandes aglomerações, mas estamos todos com a saúde perfeita", afirma o velejador.

Se não prejudicou seus treinos, o coronavírus já afetou sua preparação para a Olimpíada. Scheidt colocou em dúvida sua participação no tradicional Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca, na Espanha. A competição terá início no dia 25.

"Por enquanto tive que cancelar. Ir para a Espanha nesse momento, com a Itália bloqueada, é muito arriscado. Eu poderia até tentar a viagem, mas existem riscos de quarentena e talvez dificuldades de retorno. No momento, minha participação no Troféu Princesa Sofia está mantida. Estou avaliando para ver como fica a situação nos próximos dias, mas não é nada muito promissor", explicou.

"Em termos esportivos, é muito ruim não ir para Palma, mas é uma situação fora do meu controle e nesse momento é melhor ficar com a minha família, esperar o tempo passar e ver como tudo se desenrola", comentou o velejador, dono de cinco pódios em Jogos Olímpicos, que voltou a competir na classe Laser no ano passado.

Estadão
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