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Vivendi busca colocar executivo próprio em papel de destaque na Telecom Italia, dizem fontes

13 jul 2017 - 12h06
(atualizado às 13h42)
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A Vivendi está trabalhando para colocar um dos seus principais executivos, Amos Genish, em um papel de destaque na Telecom Italia , em um movimento do acionista francês para exercer maior influência sobre o executivo-chefe da empresa italiana, disseram duas fontes à Reuters.

Sede da Vivendi em Paris
10/03/2016 REUTERS/Charles Platiau
Sede da Vivendi em Paris 10/03/2016 REUTERS/Charles Platiau
Foto: Reuters

As relações entre o grupo de mídia francês Vivendi e Flavio Cattaneo ficaram tensas desde que o CEO italiano teve uma conversa acalorada com Roma sobre o lançamento da banda larga ultrarrápida em toda a Itália, disseram fontes à Reuters na semana passada.

Isso incomodou a Vivendi, que já está sob escrutínio por sua crescente influência no negócio italiano por meio de sua participação na Telecom Italia e uma participação de 30 por cento na empresa privada de televisão Mediaset.

Cattaneo negou na terça-feira quaisquer tensões com os acionistas da Telecom Italia, seu conselho ou o presidente do grupo Arnaud de Puyfontaine, que é o presidente-executivo da Vivendi, e disse que permaneceria até o final de seu mandato em 2020.

Mas uma fonte familiarizada com o assunto disse à Reuters na terça-feira que o conflito entre Vivendi e Telecom Italia ainda estava acontecendo e uma segunda fonte disse que as coisas podem vir a acontecer rapidamente.

"De uma forma ou de outra, os franceses querem dar um papel ao Genish", disse uma fonte próxima do assunto.

O empresário israelense, que foi nomeado chefe de Convergência da Vivendi em janeiro, foi presidente da unidade da Telefónica no Brasil e fundador da empresa brasileira de telecomunicações GVT.

Uma segunda fonte próxima ao assunto disse que a Vivendi, que detém uma participação de 24 por cento na Telecom Italia, sugeriu a nomeação de administradores para trabalhar ao lado de Cattaneo, e que Genish é o principal candidato a assumir esse papel.

Genish foi considerado vital para a incursão bem-sucedida da Vivendi no Brasil, onde comprou a GVT em 2010 e logo a vendeu para a Telefónica quatro anos depois, gerando um ganho de capital de mais de 4 bilhões de dólares.

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