Mentoria com execução engaja equipes e gera resultado

Apenas 17% dos empresários brasileiros que participam de mentorias e cursos de gestão conseguem aplicar os conteúdos no dia a dia, segundo dados do Sebrae. Para o empreendedor Thiago Oliveira,  o problema não está na falta de conhecimento, mas na ausência de estrutura para a execução. “O empresário sai da imersão motivado, com dezenas de anotações, mas na segunda-feira seguinte já está apagando incêndio. Essa solução nasce para fazer a transição da intenção para a ação”, afirma.

Após seis anos como investidor em mais de 300 startups, Oliveira decidiu deixar a Bossa Nova para lançar uma plataforma de mentoria com inteligência artificial. O novo modelo substitui as palestras motivacionais por um processo contínuo e mensurável. O sistema utiliza diagnósticos de maturidade, conteúdos personalizados e um assistente virtual de governança para propor rotinas, monitorar metas e reforçar hábitos organizacionais.

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A proposta, segundo Oliveira, é criar uma disciplina de execução que envolva não apenas o empresário, mas toda a equipe.

“Um bom conselho, sem método e sem ferramenta, vira apenas mais uma boa ideia esquecida. O que propomos é uma mentoria com execução assistida, capaz de transformar o comportamento organizacional com continuidade e tecnologia”, explica.

A plataforma está em fase final de testes e será lançada oficialmente no último trimestre de 2025. A expectativa é impactar cerca de 5 mil empresas nos primeiros 18 meses. A iniciativa tem como base a experiência acumulada por Oliveira em sua consultoria e na observação direta dos desafios enfrentados pelas startups investidas. Entre os principais entraves relatados estão a dificuldade de delegar tarefas, a falta de clareza na definição de metas e a desorganização operacional.

O uso de inteligência artificial permite que o sistema aprenda com o comportamento da equipe e automatize o acompanhamento de rotinas. “A IA ajuda a manter o ritmo da execução mesmo quando o empresário não está olhando. É como ter um gestor interno de cultura e resultado, funcionando 24 horas”, define Oliveira.

Casos acompanhados por Oliveira apontam mudanças relevantes com a adoção do modelo. Empresas com baixa maturidade de gestão conseguiram estruturar rotinas de planejamento, estabelecer indicadores e descentralizar decisões. Em um dos exemplos citados, uma PME do setor educacional reduziu em 40% o retrabalho ao adotar reuniões semanais orientadas pela ferramenta.

Além do novo projeto, Oliveira também está à frente da Saygo Câmbio, holding que pretende se transformar em um banco voltado para empresas até 2028. “A gente sempre falou em escalar empresas. Agora, o desafio é escalar a transformação. E isso só se faz com método, ferramenta e continuidade”, conclui o empresário.