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Vida de Empreendedor

Irmãos fazem aposta ousada em vídeos virais como ativo de mídia e devem faturar R$ 15 milhões em 2025

A criação da MyHood, plataforma de licenciamento de conteúdo viral, veio após um atrito com uma página de torcida organizada

23 set 2025 - 04h59
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Resumo
Os irmãos Salvatore criaram a MyHood, uma plataforma de licenciamento de vídeos virais, que projeta faturar R$ 15 milhões em 2025 ao proteger direitos autorais de criadores e oferecer conteúdo quente e relevante para publishers no Brasil e América Latina.
Alexandre e Felipe Salvatore, irmãos gêmeos, estão à frente da MyHood
Alexandre e Felipe Salvatore, irmãos gêmeos, estão à frente da MyHood
Foto: Divulgação/MyHood

Vendo que a internet se desenhava cada vez mais como uma terra sem lei, os irmãos Salvatore decidiram vestir suas capas invisíveis e se colocarem à disposição para salvar os criadores de conteúdo, atormentados por perfis nas redes sociais que lucravam em cima deles sem dó nem piedade. Foi mais ou menos assim, com um tom talvez um pouco menos épico, que surgiu a MyHood, maior plataforma de licenciamento de conteúdo viral do Brasil, que projeta faturamento de R$ 15 milhões para este ano. 

A ideia de heroísmo esteve, sim, presente na criação da startup, cujo nome remete ao clássico personagem Robin Hood – o nobre fora da lei que roubava dos ricos para dar aos mais pobres. Mas, hoje, já com experiência no mercado, a empresa se define muito mais como uma verdadeira parceira dos produtores de conteúdo e também dos publicadores. 

Funciona da seguinte forma: publicadores (páginas de fofoca ou portais de notícias, por exemplo) fecham um contrato com a MyHood para terem direito de publicar os vídeos os quais ela assumiu a proteção dos direitos autorais. Os criadores de conteúdo recebem um valor por essas concessões e mantêm a roda girando. 

“A gente desenvolveu tecnologias para achar os melhores vídeos rápido, de todos os assuntos. E esses crawlers que a gente desenvolveu e que mapeiam as redes sociais para achar esses vídeos funcionam muito bem também para achar os usos indevidos. Hoje a tecnologia que ajuda a gente a abastecer a base com os melhores vídeos, também ajuda a gente a achar e derrubar esses usos indevidos”, explica Felipe Salvatore, fundador da empresa com o irmão gêmeo, Alexandre, ambos de 28 anos. 

A criação da MyHood partiu de um descontentamento de Felipe, que teve um vídeo dele republicado sem sua autorização pelo perfil de uma torcida organizada de São Paulo. “Quando eu abri, não era mais meu conteúdo. Era o conteúdo da Dragões da Real que tinham apagado o meu logo e não deram crédito nem nada”, relembra. 

Indignado, Felipe denunciou a violação de direitos autorais. No dia seguinte, o vídeo saiu do ar e o presidente da torcida organizada entrou em contato com ele, tentando negociar, por ter perdido a monetização que ganhava no canal. 

“Nesse momento que deu o estalo da ideia. Eu falei: ‘A gente precisa resolver esse problema aqui, porque existe um problema, que não vai ser fácil, mas existem ferramentas'. Então já é um começo”, conta Felipe.

Ele entrou em contato com o irmão e os dois passaram a pesquisar se já existia alguma iniciativa no Brasil focada nos direitos autorais de criadores de conteúdo. Não encontraram nada e partiram para cima.

Conquista de mercado e virada de chave

Enquanto não eram conhecidos no mercado, Felipe e Alexandre faziam uma espécie de busca ativa por criadores de conteúdo. “Eu chegava com esse discurso de: ‘Meu, tem dinheiro pra ganhar aqui, você não devia deixar isso acontecer’. E a pessoa ia lá e assinava o contrato. Muitas vezes eu pagava para ela, comprava o vídeo dela. Hoje é completamente diferente”, conta Felipe. 

A virada de chave aconteceu depois que eles conseguiram derrubar a página da Choquei, um dos perfis mais seguidos de fofoca no Brasil e que era administrado pela agência Banca Digital. Murilo Henare, CEO da agência, procurou então os irmãos para conversar e propôs uma solução para que a MyHood passasse a atuar junto às páginas. 

“O Murilo passa a ser sócio, entra para a sociedade. E a gente muda, principalmente de algumas formas. Investimento em tecnologia para ter maior capacidade de aquisição de vídeos e maior poder preditivo para pegar vídeos antes deles viralizarem e em larga escala. Então, hoje, o principal valor que a gente entrega para os publishers são volumetria e pautas quentes”, afirma Felipe. 

Alexandre gosta de definir a MyHood como a “agência de notícias do futuro”. Com o crescimento rápido do negócio, o foco deixou de ser apenas páginas de fofoca e passou a ser o jornalismo quente e factual. Atualmente, a plataforma funciona com uma equipe formada majoritariamente por jornalistas, que irão apurar conteúdos, buscar posicionamentos e fazer a redação dos textos dos vídeos.

“O nosso principal foco é ser a fonte primária de todos os vídeos, de todos os conteúdos que sejam virais ou que tenham relevância jornalística no Brasil e agora para a América Latina também”, resume Alexandre, ao adiantar que os países vizinhos, além de Portugal, são os próximos mercados a serem desbravados pelos irmãos.

Fonte: Portal Terra
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