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Turismo para países da Escandinávia é o mais caro da Europa

23 out 2012 - 07h17
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As belezas dos países escandinavos são muito comentadas, mas são poucos os que se arriscam a visitar a região conhecida principalmente por seu rigoroso inverno. Outro fator que tornou os quatro nórdicos - Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia - famosos pelos turistas foi o custo para viajar por suas cidades. Os preços e os câmbios diferentes em cada país requerem uma organização mais atenta dos viajantes.

A Noruega é considerada pelos viajantes o país mais caro entre os quatro
A Noruega é considerada pelos viajantes o país mais caro entre os quatro
Foto: Getty Images


Uma comparação feita em 2010 pelo Eurostat colocou em primeiro lugar entre os países mais caros do continente Dinamarca, Noruega, Suíça e Finlândia. A presença dos três no topo da lista prova que quem quer visitar a Escandinávia precisa levar um dinheiro a mais no bolso. O proprietário da Reisen Agência de Viagens, Guilherme Goss de Paula, acredita que a pessoa precisa levar 20% a 30% a mais do que valor que levaria para outros países europeus. Viajante independente, ele esteve na região entre outubro e novembro de 2011.



Hospedagem, alimentação, transporte público e alguns passeios. De Paula acha que nenhum setor referente ao turista se salva no aumento de preços. A proprietária e guia de turismo da Lucretur Agência de Viagem e Turismo, Lucrécia Schlickmaann Fornasa, observa que na Europa os pratos à la carte, em um hotel por exemplo, custam entre 22 e 38 euros. Entretanto, De Paula afirma que as refeições podem sair mais caras nos países da Escandinávia. "Em um restaurante melhor, acredito que a partir de 30 a 50 euros, mais ou menos". Ele pondera que os pratos, porém, acabam valendo a pena porque frutos do mar são mais baratos na região. o proprietário da Reisen chegou a pesquisar preços e encontrou uma pizzaria na Noruega onde a pizza de oito fatias custa 220 coroas norueguesas, ou Krones. Em câmbio brasileiro, isso seria R$ 78,12.



Guilherme Goss de Paula conta que os passeios que fez pelas capitais e pelo interior dos países valeram muito a pena, mas também pesaram na carteira. Em um passeio que sai das cidades de Oslo, capital, ou Bergen e vai até o vilarejo de Flam, que fica dois metros acima do nível do mar, lhe custou 995 coroas norueguesas, ou R$ 353.



Por gostar do estilo de viagem mais independente, De Paula optou por ficar em albergues, que em países europeus custam em torno de 10 a 20 euros. Ele observa que na Finlândia, por exemplo, estes tipos de hospedagem custam de 20 a 30 euros por noite. Em Copenhague, na Dinamarca, um quarto compartilhado custa entre 80 e 135 coroas dinamarquesas, o que custaria entre R$ 30 e R$ 47.



Já um pacote para os quatro países nórdicos e Rússia, pela Operadora Leão Tur que atende a Lucretur Agência de Viagem e Turismo, custa 5.590 euros e mais uma taxa de embarque de US$ 345. Lucrécia Fornasa não viu grande diferença de preços entre a Escandinávia e o restante da Europa. Ela aconselha os passageiros a levarem a mesma quantia de dinheiro que levariam para outros lugares: "Em média, ele deve preparar em torno de 50 a 70 euros por dia para se alimentar, para almoço e janta e porque ele vai acabar comprando uma água ou tomando um café".



De Paula afirma que entre os países que visitou na região, Noruega foi onde encontrou os maiores preços e Finlândia, os menores. "Na Noruega, eu posso dizer que é tudo muito caro. Na Suécia, fica basicamente o mesmo preço. Acho que talvez a acomodação na capital seja um pouco mais cara que em outras cidades", observa.



Moedas devem ser providenciadas com antecedência

Na Escandinávia, cada país tem sua moeda oficial. Coroas norueguesa, dinamarquesa e sueca e o euro na Finlândia. A diferença pode causar confusão no momento de decidir que câmbio levar. O diretor comercial da Confidence Câmbio, Fabio Agostinho, aconselha os clientes que o procuram a sempre levar a moeda local do país de destino antes de sair do Brasil para evitar incômodos ao chegar. "É sempre interessante levar a moeda de cada país proporcional ao período que a pessoa está indo. Ela tem que ter uma ideia de quanto ela vai gastar por dia e em cima disso ela solicita a compra", reforça.



Agostinho ressalta que estas moedas são difíceis de serem compradas, por isso precisa saber a quantia exata que o cliente necessita. As moedas podem ser tanto trocadas dos estrangeiros que estão vindo para o Brasil, que fazem a troca nas casas de câmbio da Confidence, quanto importadas. No segundo caso, o custo é mais elevado. "Eu compro a moeda lá fora pelo o que ela vale. Para que eu traga 10 mil coroas dinamarquesas, por exemplo, tem o custo do frete, do seguro da transportadora. A logística para que este dinheiro esteja nas principais caixas é muito caro", afirma Agostinho.



Por isso faz uma ressalva aos turistas que vão viajar para estes países e desejam comprar as moedas oficiais. O cliente precisa fazer o pedido com 48 a 72 horas de antecedência na casa de câmbio.



Turista pode poupar em alimentação e transporte

Para quem viaja sozinho, são diversas as artimanhas usadas para poupar dinheiro, e os gastos podem ser diminuídos com pequenos atos. "Alimentação pode ser comprada no mercado. Tem também lojas de conveniência espalhada por tudo, tem lanches rápidos, refeições prontas, tudo que o mercado também vai ter", indica Guilherme de Paula sobre como gastar menos para comer durante o dia. Ele lembra que o camarão e o salmão são muito baratos, por isso valem a pena. "Nos albergues, eles costumam servir salmão defumado", conta.



Fazer os passeios que puder a pé também é uma boa opção para economizar. Para se deslocar entre os países, o proprietário da Reisen Agência de Viagem indica um passe único de trem que é vendido e que possibilita a circulação entre Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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