PUBLICIDADE

Sobrinhos disputam herança de R$ 300 milhões de ex-vice presidente do Itaú

Uma sobrinha de consideração de Renato Cuoco pede o reconhecimento de paternidade socioafetiva com o empresário

29 mai 2024 - 10h30
(atualizado às 10h44)
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
A disputa judicial de herança entre sobrinhos de Renato Roberto Cuoco, falecido em 2021, foi revelada pelo jornal O Globo. Andrea Costa busca ser reconhecida como filha do empresário, mas Justiça já negou seu primeiro pedido e aguarda nova decisão.
O ex-vice presidente do Itaú, Renato Cuoco, morreu em 2021
O ex-vice presidente do Itaú, Renato Cuoco, morreu em 2021
Foto: Reprodução

Sobrinhos de Renato Roberto Cuoco, que morreu em 2021, disputam uma herança de cerca de R$ 300 milhões em imóveis e investimentos financeiros. A disputa judicial foi revelada pelo jornal O Globo, que teve acesso ao processo e conversou com Andrea Costa Motta Salino, sobrinha de consideração de Renato, que busca ser reconhecida como filha.

Cuoco foi um dos fundadores da Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Ele morreu aos 77 anos de idade. Sem filhos nem testamento, inicialmente sua herança foi dada para os irmãos Alberto Renato Cuoco e Felipe Renato Cuoco, filhos do irmão de Renato.

Mas, em 2022, Andrea Costa entrou na Justiça pedindo o reconhecimento de paternidade socioafetiva com Renato, para ser vista como herdeira. Ela é sobrinha por parte da ex-esposa do empresário, Letizia Cuoco, também já falecida.

Ao jornal, Andrea conta que, desde criança, se dividia entre a casa dos pais biológicos e a dos tios Renato e Letizia. "Eu não passava o Natal com o meu pai (biológico), passava com ele", diz.

A advogada de Andrea, Giovanna Barros de Carvalho, acrescenta que a mulher comprava presente de Dia dos Pais para Renato, e que o homem era considerado avô das filhas de Andrea. O casal Renato e Letizia teria pago a escola e, depois, a faculdade de direito da sobrinha.

Ela chegou a trabalhar por um período no Itaú. Mas, mãe de três filhos, Andrea conta que depois que deu à luz o segundo filho, no início dos anos 2000, parou de trabalhar e recebia ajuda financeira de Renato. No processo, é listado que o empresário pagava o convênio médico de Andrea, IPVA de automóveis, duas empregadas domésticas, motorista particular e fazia depósitos mensais para o pagamento do cartão de crédito, em montante que por vezes ultrapassava R$100 mil.

Os sobrinhos Alberto e Felipe foram procurados pelo jornal, mas preferiram não se pronunciar. No processo, que corre em segredo de justiça, mas foi acessado pelo O Globo, a defesa diz que os irmãos eram próximos de Renato desde o falecimento do pai, quando ainda eram menores de idade.

Eles dizem ainda que não havia relação paterna entre Renato e Andrea, e que o apoio financeiro dado a ela era similar ao prestado a outros amigos e familiares do banqueiro. A defesa listou ao menos dezoito pessoas que recebiam doações regulares de Renato. Os montantes mais significativos, porém, eram para Andrea, que chegou a receber mais de R$ 400 mil em um ano.

A Justiça já julgou o pedido de reconhecimento de paternidade de Andrea em setembro de 2023, negando haver fatores para comprovar a relação de parentesco. Seus advogados recorreram e, agora, o caso aguarda nova decisão.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade