Procura de brasileiros por morar legalmente nos EUA aumenta 19,6%

Mesmo em um cenário de incertezas políticas entre Brasil e Estados Unidos, o país segue como um dos destinos mais atrativos para brasileiros que desejam trabalhar, investir e construir uma nova vida no exterior. De acordo com dados exclusivos da D4U Immigration - eleita por quatro anos consecutivos pela revista de negócios Acquisition International como a melhor empresa para quem quer morar e trabalhar fora do Brasil - a procura de brasileiros pelos EUA aumentou 19,6% de janeiro a julho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. 

Profissões nas áreas de Saúde, Educação e Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM - acrônimo em inglês para Science, Technology, Engineering, and Mathematics), estão entre as mais demandadas, oferecendo boas oportunidades para quem busca internacionalizar sua carreira e empresa e atuar legalmente no país. 

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Cenário econômico e oportunidades

“A economia americana é amplamente voltada para o mercado interno e segue oferecendo estabilidade para quem deseja trabalhar ou empreender nos Estados Unidos, mesmo diante de desafios externos”, afirma Wagner Pontes, fundador e CEO da D4U Immigration, que iniciou sua trajetória como empreendedor após vivenciar os desafios em sua própria jornada para morar nos EUA e buscar soluções para simplificar e humanizar esse caminho para outras pessoas. 

O país enfrenta, há anos, uma carência crescente de profissionais especializados, sobretudo em setores estratégicos. De acordo com o U.S. Chamber of Commerce (2024), os EUA possuem escassez de mão de obra crônica. Ou seja, se todas as pessoas desempregadas no país fossem contratadas hoje, ainda faltariam mais de 2 milhões de trabalhadores para preencher todas as vagas abertas.

Segundo a Computing Technology Industry Association, havia mais de 500 mil vagas abertas na área de tecnologia apenas em abril de 2024. Engenheiros de software, analistas de dados, especialistas em cibersegurança e desenvolvedores de sistemas estão entre os profissionais mais requisitados, impulsionados pela digitalização de empresas e serviços públicos.

Na área da saúde, essa situação é ainda mais acentuada, já que dados da Health Resources and Services Administration apontam que os Estados Unidos podem enfrentar um déficit de mais de 200 mil enfermeiros registrados até 2030. E a Association of American Medical Colleges prevê uma escassez de até 124 mil médicos até 2034. 

A pandemia agravou a falta de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos, especialmente em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos. Por isso, a demanda por cuidados de saúde está crescendo mais rápido do que a capacidade de formação de profissionais no país. 

Um levantamento realizado pelo U.S. Department of Education (2024) ressalta que 45 dos 50 estados americanos reportaram escassez de professores, especialmente nas áreas ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Educadores bilíngues e especialistas em educação inclusiva também estão em falta em muitos distritos escolares.

“A busca pela internacionalização de carreira vai além da perspectiva salarial. Profissionais que atuam no mercado americano ganham reputação, networking e fluência cultural. Além disso, o ambiente de negócios nos EUA é reconhecido pela baixa burocracia, segurança jurídica e incentivos locais, o que também atrai brasileiros que desejam empreender”, ressalta Pontes.

Validação de diploma

Para atuar em algumas dessas áreas, é necessário passar pelo processo de validação de diploma, que varia conforme a profissão e o estado americano. Esse processo pode incluir:

    Tradução juramentada dos documentos acadêmicos;

    Avaliação por instituições reconhecidas, como a WES (World Education Services);

    Provas técnicas e, em alguns casos, cursos de complementação para atender aos requisitos locais;

    Certificações profissionais, como a licença de enfermagem (NCLEX) ou exames para professores estaduais.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.