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Preços do petróleo sobem no último dia de um mês "montanha-russa"

30 abr 2020 - 17h03
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Os preços do petróleo tiveram novo salto nesta quinta-feira, após diversos produtores afirmarem que vão reduzir bombeamento e sinais indicarem que o excesso de oferta nos Estados Unidos não está avançando tão rápido quanto muitos temiam, fatores que levaram um tom otimista ao mercado no final de um dos meses mais voláteis da história da commodity.

FILE PHOTO: Crude oil storage tanks are seen in an aerial photograph at the Cushing oil hub in Cushing, Oklahoma, U.S., April 21, 2020. REUTERS/Drone Base/File Photo
FILE PHOTO: Crude oil storage tanks are seen in an aerial photograph at the Cushing oil hub in Cushing, Oklahoma, U.S., April 21, 2020. REUTERS/Drone Base/File Photo
Foto: Reuters

A demanda global por combustíveis despencou cerca de 30% em abril. Mesmo depois de grandes produtores de petróleo --liderados pela Arábia Saudita-- chegarem a um acordo para cortar a oferta em quase 10 milhões de barris por dia (bpd), os contratos futuros do petróleo nos EUA foram negociados pela primeira vez em território negativo no dia 20 de abril, quando fecharam cotados a -37,63 dólares por barril.

Os preços recuperaram algum terreno desde então, mas continuam acumulando quedas de mais de 60% desde o início do ano.

Em seu último dia como primeiro contrato, o vencimento junho do petróleo Brent fechou em alta de 2,73 dólares, ou 12%, a 25,27 dólares por barril. Já o petróleo dos EUA (WTI) para entrega em junho avançou 3,78 dólares, ou 25%, para 18,84 dólares o barril.

O contrato julho do Brent, que logo será o vencimento de primeiro mês, teve alta de 9% e fechou o dia valendo 26,48 dólares por barril.

O Brent, valor de referência internacional, terminou abril com ganho de cerca de 11%, depois de acumular baixas de mais de 65% no primeiro trimestre. O WTI, enquanto isso, cedeu pelo quarto mês consecutivo, com quedas que acumulam 70% no período --incluindo uma baixa de 8% em abril.

O volume negociado nos futuros do WTI em Nova York atingiu cerca de 36 milhões de contratos em abril, o que dados da Refinitiv indicam ser o segundo maior da história, atrás apenas dos 40,9 milhões de contratos do mês anterior.

"Os preços do petróleo parecem bastante construtivos, porque nos próximos dois ou três meses a oferta vai se encontrar com a demanda", disse Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda em Nova York, acrescentando que os temores de excesso de oferta estão se aliviando lentamente, com um fluxo constante de manchetes indicando cortes de produção.

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