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PIB do Brasil pode diminuir em 0,4 ponto porcentual no curto prazo com tarifas de Trump, diz Opep

Para organização, País poderá mitigar impacto por meio de negociações com os EUA e redirecionando exportações para mercados alternativos

15 jul 2025 - 09h53
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deixou inalteradas as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil nos próximos dois anos, prevendo alta de 2,3% em 2025 e de 2,5% em 2026. No entanto, o cartel alertou que o aumento inesperado das tarifas dos Estados Unidos poderá pesar sobre a atividade e diminuir o PIB brasileiro em 0,4 ponto porcentual no curto prazo, em relatório publicado nesta terça-feira, 15.

A Opep ainda considera que é possível um crescimento mais forte do Brasil no segundo semestre de 2025 do que o esperado, a depender do desempenho da agricultura. Por outro lado, as tarifas americanas podem eliminar esse suporte se não houver uma solução entre os dois países.

"O Brasil poderá tentar mitigar esse impacto por meio de negociações contínuas com os Estados Unidos e redirecionando exportações para mercados alternativos, o que é factível para commodities amplamente comercializadas, como produtos agrícolas, metais e combustíveis", apontou o relatório.

Redirecionamento das exportações brasileiras, como produtos agrícolas, para mercados alternativos é factível, segundo a Opep
Redirecionamento das exportações brasileiras, como produtos agrícolas, para mercados alternativos é factível, segundo a Opep
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

O cartel também manteve previsão de que a inflação ficará elevada em torno de 5% ao longo do ano, levando o BC do Brasil a manter a taxa Selic em nível alto por tempo prolongado para controlar as pressões inflacionárias.

A Opep ainda espera que um impacto positivo de reformas fiscais, relaxamento monetário e aumento do consumo e investimentos domésticos apoiem a aceleração da economia a partir do próximo ano, embora os riscos tarifários também permaneçam no horizonte de 2026.

PIB global

A Opep manteve a previsão para a alta do PIB global em 2025, em 2,9%. Para 2026, a projeção de avanço da economia global também ficou inalterada, em 3,1%.

No caso do PIB dos EUA, a Opep reiterou estimativas de expansão de 1,7% neste ano e de 2,1% no próximo.

As projeções de crescimento da China em 2025 e 2026 também foram mantidas, em 4,6% e 4,5%, respectivamente.

Para a zona do euro, as previsões de alta também não sofreram ajustes, permanecendo em 1% em 2025 e 1,1% em 2026.

Produção de petróleo

A Opep estima que a produção total de petróleo do Brasil subiu 47 mil barris por dia (bpd) em maio, a 3,7 milhões de bpd. O cartel também notou aumento de 43 mil bpd na produção total de combustíveis líquidos no mês, a 4,5 milhões de bpd.

Contudo, a Opep manteve a expectativa para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil neste ano e no próximo. Em 2025, o cartel prevê crescimento de cerca de 200 mil bpd, a uma média de 4,4 milhões de bpd. Para 2026, a Opep ainda projeta aumento na oferta de 200 mil bpd, a 4,5 milhões de bpd.

O Brasil continua como um dos quatro países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global de combustíveis líquidos em 2025 e em 2026, lista que inclui EUA, Canadá e Argentina./Com Sergio Caldas

Estadão
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