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Paraná dá largada ao plantio de trigo com condição climática melhor, diz Deral

12 abr 2019 - 12h51
(atualizado às 13h21)
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O Paraná deu início ao plantio de trigo da safra deste ano com condições climáticas melhores se comparadas às de igual momento de 2018, informou nesta sexta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), mantendo o otimismo quanto a um salto na produção.

Plantio de trigo no Brasil
23/04/2013
REUTERS/Nacho Doce
Plantio de trigo no Brasil 23/04/2013 REUTERS/Nacho Doce
Foto: Reuters

Maior produtor brasileiro do cereal, o Estado tende a colher 18 por cento mais em 2019, conforme a previsão mais recente do Deral, vinculado à Secretaria de Agricultura paranaense.

Conforme o órgão, foram semeados até o início desta semana 2 mil hectares com trigo na região de Campo Mourão, no centro-oeste do Estado. Embora não represente nem 1 por cento do total previsto, o plantio está adiantando ante a safra passada, segundo o Deral.

"O plantio só deve se intensificar em maio. As condições climáticas na largada desta safra podem favorecer um avanço mais homogêneo do plantio nas próximas semanas, diferentemente de 2018, quando a seca atrasou e concentrou o plantio", analisou em relatório o agrônomo Carlos Hugo Godinho, responsável por trigo no Deral.

A expectativa é de que o Paraná plante 1,04 milhão de hectares com trigo em 2019, retração de 6 por cento na comparação anual, refletindo o "desânimo" de produtores quanto à cultura, mesmo em um momento de maiores preços, afirmou Godinho. Em março, a média por saca foi de 48 reais no Estado, alta de 37 por cento ante igual mês de 2018.

Embora não descarte revisões à frente, o analista reafirmou que um dos fatores de desânimo deve permanecer inalterado: "duas safras sucessivas com perdas significativas no Estado diminuíram o apetite ao risco dos produtores".

"Há também fatores históricos justificando a redução de área: os custos elevados de produção, a baixa liquidez, o alto risco de perdas e a possibilidade de atrasar o plantio de soja. Mas, mais recentemente, fatores políticos têm contribuído com a retração", acrescentou, referindo-se, principalmente, à cota de 750 mil toneladas livre de tarifas para importações de fora do Mercosul.

A cota foi anunciada em meados de março, por ocasião da visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA, e preocupou não só produtores por aqui, mas também na Argentina, tradicionalmente o principal fornecedor do grão ao Brasil.

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