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Nova geração de trabalhadores é um desafio para as empresas

Pesquisa aponta que é preciso segmentar as forças de trabalho e promover flexibilidade.

21 mar 2022 - 03h00
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Foto: Austin Distel / Unsplash

Repensar as formas de trabalho não tem sido tarefa fácil para as empresas, já que as tradicionais abordagens da relação empregado-empregador estão mudando de maneira acelerada. A pressão é grande aos diretores de operações (COOs) para que desenvolvam um equilíbrio que facilite a satisfação dos funcionários e, ao mesmo tempo, otimize a produtividade. 

A nova geração tem elevado a régua e desafiado as organizações, a começar pelo modelo híbrido de trabalho. Para terem sucesso, as empresas devem buscar balancear os objetivos coletivos e as necessidades individuais de seus colaboradores”, analisa Marcelo Godinho, sócio-líder em Gestão de Pessoas da consultoria EY. 

Novas tendências estão remodelando o modelo de trabalho. Os mais jovens estão buscando novos objetivos de carreira com aspirações diferentes das de funcionários mais antigos. De acordo com recente estudo da EY, The Millennial Economy, 58% deles acreditam que são mais empreendedores do que as gerações anteriores e menos de um terço pretende permanecer em uma empresa por muito tempo. Outra tendência é que o mundo está se tornando mais dependente de trabalhadores digitalmente qualificados. 

“A capacidade de reter talentos, atender aspirações de sua força de trabalho e alavancar produtividade passa por permitir flexibilidade. Nossa pesquisa do trabalho reimaginado, divulgada no ano passado, mostra que 54% dos colaboradores consideram deixar seus empregos caso não lhes seja possibilitada a flexibilidade no cenário pós-pandemia. Para a geração millennial, a flexibilidade tem peso dobrado quando comparada aos baby boomers. E essa flexibilidade não deve estar restrita ao local do trabalho, mas também deve considerar impactos no horário de trabalho, bem como remuneração e benefícios”, explica Godinho. 

Segundo o consultor, esta não é uma tarefa fácil e não há uma fórmula única que se aplique a todas as organizações. “Por isso, o processo de escuta ativa dos colaboradores, para que sejam colocados no centro, e o engajamento da liderança são fundamentais para que os contornos do modelo híbrido e flexibilidade sejam desenhados de forma efetiva. Por fim, a ancoragem desses ajustes operacionais na cultura da empresa poderá acelerar o sucesso na travessia dessa transformação que estamos experimentando no trabalho.” 

De acordo com a pesquisa CEO Imperative, realizada pela EY em 2021 e divulgada este ano, há cinco etapas a serem seguidas pelos empregadores para a transição a um novo modelo de gerenciamento de força de trabalho que incentive a retenção de talentos e impulsione a transformação operacional. 

Nova mentalidade 

A pesquisa aponta que é preciso segmentar a força de trabalho da empresa em populações-alvo com base em níveis de habilidade, mobilidade e objetivos de carreira. Vender toda a experiência do funcionário, não apenas o preço. Reestruturar suas mensagens, termos de emprego, remuneração e motivações com base nas necessidades exclusivas de cada grupo de clientes. 

Ecossistema de talentos 

Não apenas oferecer vagas de trabalho – aproveitar as novas tecnologias para criar um portfólio de ambientes alinhados às necessidades do funcionário. Para tarefas altamente repetitivas e de baixo valor, a automação pode ser a solução. A qualificação agressiva pode preencher posições escassas e de alto valor. Em vez de um tamanho único, haverá gerenciamento de um mosaico de tipos de emprego que trazem o melhor de cada trabalhador. 

Carreira 

Os melhores funcionários são atraídos pelo respeito de seus colegas, um ambiente de trabalho que os capacita a dar o melhor de si e um senso de propósito social em seu trabalho e em sua empresa. Conquistar o talento que a empresa precisa conquistando suas aspirações. 

Flexibilidade 

A pandemia mostrou a capacidade e o desejo de se trabalhar remotamente. “Não há dúvida que as empresas devem focar na experiência dos seus colaboradores por meio de uma cultura que possa propiciar confiança, transparência, conexão e produtividade. Se a cultura organizacional ativar esses elementos, a questão de quando e onde o colaborador trabalha será de menor importância”, afirma Godinho. 

Talento 

A migração para ambientes de trabalho híbridos, combinada com novas plataformas de tecnologia, cria oportunidades para aproveitar talentos de terceiros. Funções especializadas – fabricação flexível, análise de dados e conformidade regulatória – podem ser contratadas economicamente para provedores de serviços gerenciados. 

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