Navio-plataforma Bacalhau já está em local de ancoragem na Bacia de Santos
Embarcação da petroleira norueguesa Equinor que viajou dois meses desde Cingapura será uma das maiores do Brasil, com 370 metros de comprimento e 64 de largura
A petroleira norueguesa Equinor informou que o navio-plataforma Bacalhau chegou ao campo homônimo, na Bacia de Santos, no sábado, 22, após dois meses de viagem a partir de Cingapura, onde foi integrado e comissionado. Os técnicos da companhia vão começar o processo de ancoragem da embarcação com o auxílio de quatro barcos rebocadores.
O navio-plataforma de Bacalhau será um dos maiores do País. Com 370 metros de comprimento e 64 metros de largura, tem capacidade de produção de 220 mil barris de óleo por dia.
Construído pela Modec, o navio foi adquirido pelo consórcio formado por Equinor (40%), ExxonMobil (40%) e Petrogal Brasil (20%). A Equinor não detalha o mês em que a produção vai começar de fato, mas afirma que será ainda em 2025. O campo de Bacalhau tem mais de 1 bilhão de barris em reservas recuperáveis somente na primeira fase do projeto.
"Agora vamos nos dedicar às próximas atividades do projeto. Teremos ancoragem, conexão dos umbilicais e risers ao FPSO (navio-plataforma), pré-comissionamento e comissionamento de todo o sistema, incluindo poços já perfurados", afirma o vice-presidente Sênior de Desenvolvimento de Projetos da Equinor, Trond Bokn.
"Estima-se que, durante todo o ciclo de vida útil, o projeto Bacalhau gere cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos", informa a Equinor no documento. Quando somados a Raia, outro projeto operado pela Equinor, na Bacia de Campos, esse número de empregos chega a 100 mil.
Eficiência
O FPSO Bacalhau usa turbinas a gás de ciclo combinado, o que reduz significativamente as emissões de carbono. Essa tecnologia combina turbina a gás com turbina a vapor para aproveitar o excesso de calor que, de outra forma, seria perdido. São quatro turbinas a gás e duas a vapor gerando mais energia com a mesma quantidade de gás.
Essa tecnologia, diz a petroleira, aumenta a eficiência energética e reduz as emissões de carbono em cerca de 110 mil toneladas por ano, o que vai representar cerca de 3 milhões de toneladas em toda a vida útil do campo. Espera-se que o campo tenha intensidade de carbono inferior a 9 quilos por barril.