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'Não vamos desistir de negociar', diz Alckmin, após semanas sem conversas com os EUA

Segundo o vice-presidente, orientação de Lula tem sido a de negociar, apesar das dificuldades em conversar com o governo Trump; como possível concessão, citou a possibilidade de um acordo de não bitributação

21 ago 2025 - 01h20
(atualizado às 08h33)
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Resumo
Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil continuará buscando negociações comerciais com os EUA para reduzir tarifas e propôs um possível acordo de não bitributação, apesar das dificuldades em dialogar com o governo Trump.
O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, na quarta-feira, 20
O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, na quarta-feira, 20
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que o Brasil insista na negociação comercial com os Estados Unidos, diante do tarifaço de 50% aplicado pelo governo americano sobre produtos brasileiros. "Não vamos desistir, vamos continuar na negociação permanentemente", afirmou, em entrevista exibida pela GloboNews na noite da quarta-feira, 20. "Orientação do Lula tem sido: diálogo, diálogo, diálogo."

O vice-presidente reconheceu, no entanto, a dificuldade de negociação com o governo do presidente Donald Trump. "A última conversa com os Estados Unidos faz algumas semanas", disse. Alckmin reafirmou que já teve uma série de conversas com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e que "não há justificativa" para a taxação. "O Brasil está sendo injustiçado".

Geraldo Alckmin diz que Motta dará prioridade ao pacote contra tarifaço:

Entre os objetivos que o governo brasileiro pretende alcançar nas negociações, estão a exclusão de mais produtos do tarifaço e a redução da alíquota, segundo Alckmin. Já entre as possíveis concessões, o vice-presidente citou a possibilidade de um acordo de não bitributação com os Estados Unidos.

Alckmin disse que 45% das exportações brasileiras ficaram de fora do tarifaço, enquanto cerca de 36% foram afetadas e 15% terão tarifas altas, mas iguais às de todos os outros países, para itens como aço e alumínio. De janeiro a julho, segundo o vice-presidente, as exportações brasileiras para o mercado americano cresceram 4,2%. "O Brasil não é problema para os Estados Unidos."

O vice-presidente afirmou que itens como mel, frutas e móveis estão entre os produtos mais atingidos pelo tarifaço e que os itens industriais são os mais difíceis de serem direcionados para novos mercados. "É muito customizado. Se não vender nos Estados Unidos, onde vai ser? Embora a China seja o nosso maior comprador, é de commodity. Compra de avião, peça, máquina e motor, é dos Estados Unidos."

Alckmin disse ainda que deverá viajar para o México na semana que vem em busca da abertura de novos mercados para os produtos que seriam destinados aos Estados Unidos.

Alckmin reiterou que conversará com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para acelerar a aprovação do projeto de lei que prevê medidas de apoio aos setores atingidos.

Estadão
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