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Ministra da Agricultura defende fim da tabela do frete rodoviário

8 abr 2019 - 14h20
(atualizado às 14h29)
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu nesta segunda-feira a extinção da tabela do frete rodoviário, considerada "perversa", na medida em que eleva custos do setor produtivo.

Ministra brasileira da Agricultura, Tereza Cristina, fala ao telefone durante cerimônia da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em Brasília
03/04/2019
REUTERS/Adriano Machado
Ministra brasileira da Agricultura, Tereza Cristina, fala ao telefone durante cerimônia da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil em Brasília 03/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

A avaliação da ministra foi feita em um momento em que o próprio governo busca um aperfeiçoamento da tabela, instituída após a greve histórica dos caminhoneiros, no final de maio do ano passado, em protesto contra altos custos do diesel e baixa remuneração do frete.

Entre os setores mais prejudicados pela tabela está o de grãos. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu na semana passada sua perspectiva de exportação de milho do Brasil, citando que os embarques neste ano podem ser menores que o projetado se a tabela continuar em vigor.

A ministra comentou que tem conversado sobre o problema com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, responsável por conduzir o assunto dentro do governo e junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde a constitucionalidade da tabela aguarda um julgamento desde meados do ano passado, após ações de contratantes de frete.

Uma audiência pública para estabelecer regras gerais, metodologia e indicadores dos pisos mínimos do frete será aberta na terça-feira, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo Tereza, documento com proposta da nova tabela deverá ser divulgado no final de maio.

"Mas o ideal é que a tabela caísse pois, afinal, vivemos em uma economia aberta", defendeu. "Precisamos sentar e conversar, para chegar a um entendimento entre as partes e não criar lei e tabelamento", disse ela, durante a 18ª feira Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).

Há duas semanas, uma das entidades que representam caminhoneiros autônomos do país, Abcam, informou que o nível de insatisfação da categoria estava "muito grande" e que isso poderia resultar em uma nova greve dos motoristas.

No mesmo evento, a ministra voltou a destacar que a reforma da Previdência é "um assunto que o Brasil precisa resolver e não apenas o presidente Jair Bolsonaro, ou um ministro, ou a Câmara dos Deputados", segundo a nota do ministério.

"Eu tenho certeza de que a bancada do agronegócio sabe a importância que ela tem em todas as votações, principalmente, nesse momento em que pode ser o equilíbrio daquela casa", afirmou, em referência a uma das maiores bancadas do Congresso.

MISSÃO À ÁSIA

Separadamente, o ministério detalhou uma viagem à Ásia que a ministra fará em maio, com o objetivo de ampliar os embarques dos produtos do agronegócio, como frutas e carnes.

Tereza começará a viagem pelo Japão, passando por China e Vietnã, onde deve se encontrar com autoridades e investidores estrangeiros.

Em Tóquio, onde deverá chegar no dia 9, participará de reuniões bilaterais com os ministros da Agricultura e da Saúde japoneses.

A ministra também vai participar de eventos em cafeterias de Tóquio e Xangai (China), para promover cafés especiais brasileiros. O mercado chinês de café é um dos que mais cresce no mundo.

Tereza também estará na feira Sial, na China, promovendo as carnes do Brasil.

Nos dias 15 e 16 de maio, em Pequim, a ministra brasileira terá encontros bilaterais com autoridades da área sanitária, para discutir temas agrícolas de interesse do Brasil.

Em seguida, viajará ao Vietnã, onde também irá defender a abertura de mercado a produtos brasileiros.

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