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Menor receita financeira e maiores despesas fazem lucro da Smiles cair 21% no 2º trimestre

31 jul 2018 - 19h37
(atualizado às 19h43)
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A empresa de programas de fidelidade Smiles teve queda no lucro do segundo trimestre, refletindo o recuo nas receitas com milhas expiradas sem resgate e o forte aumento das despesas operacionais.

Aviões da Gol, companhia aérea que administra o programa de fidelidade Smiles, no Aeroporto de Congonhas
28/03/2007 REUTERS/Paulo Whitaker
Aviões da Gol, companhia aérea que administra o programa de fidelidade Smiles, no Aeroporto de Congonhas 28/03/2007 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

A empresa, que gerencia o programa de recompensas da sua controladora, a companhia aérea Gol, anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 114,2 milhões de reais no período, queda de 20,7 por cento ante mesma etapa de 2017.

O resultado medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de 134,9 milhões de reais entre abril e junho, um declínio de 20,8 por cento ano a ano. A margem Ebitda caiu 10,2 pontos percentuais no comparativo anual, para 68,1 por cento.

A receita líquida teve retração anual de 8,9 por cento ano a ano, a 198,1 milhões de reais, sob pressão de menores receitas com breakage, uma das principais linhas de receita da empresa.

O breakage é a expressão usada pelo mercado para definir as milhas acumuladas pelos clientes que perdem a validade sem terem sido usadas para resgatar recompensas, o que resulta em ganho fácil para as administradoras.

No segundo trimestre, a taxa de breakage da Smiles foi de 18,3 por cento, menor do que os 19,1 por cento do trimestre anterior, embora maior que os 17,8 por cento de um ano antes.

Esse declínio ofuscou em parte o aumento de 21,9 por cento do acúmulo de milhas ano a ano, para 25 bilhões. Já o resgate de milhas, de 19,1 bilhões no trimestre, cresceu 16,5 por cento em relação ao segundo trimestre de 2017.

"O trimestre foi bastante desafiador", afirmou a Smiles no relatório de resultados, mencionando fatores como desaceleração do ritmo de consumo, a greve dos caminhoneiros, a alta do dólar, a Copa do Mundo e instabilidade por conta de risco eleitoral.

Além do declínio nas receitas, a última linha do resultado foi afetado por um salto de 35,2 por cento ao a ano das despesas operacionais, para 53 milhões de reais, o que a Smiles atribuiu aos custos com desenvolvimento de novos produtos.

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