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Inflação no centro da meta em 2016 é "factível", diz Tombini

No Senado, presidente do Banco Central disse que a inflação deve começar a arrefecer a partir de abril deste ano

24 mar 2015 - 13h09
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<p>Para Alexandre Tombini, 2015 é um ano de "transição" para a economia brasileira</p>
Para Alexandre Tombini, 2015 é um ano de "transição" para a economia brasileira
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira que, a partir de abril, a inflação será inferior às taxas mensais que vêm sendo verificadas no primeiro trimestre. Em janeiro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi 1,24%, e em fevereiro, 1,22%. Ele reiterou que a política monetária “está e continuará vigilante” e que é “factível” o objetivo de convergência da taxa para o centro da meta da equipe econômica, de 4,5%, a partir de 2016.

Tombini também repetiu que a inflação sofre pressão do ajuste dos preços internacionais, impactados pelo fortalecimento do dólar, e dos preços administrados, como os de energia e gasolina. O presidente do BC voltou a destacar que 2015 será um ano de “transição”. Com relação à atividade econômica, ele espera expansão do setor agropecuário, crescimento modesto do setor de serviços e retração da indústria. Na avaliação do presidente da autoridade monetária, a demanda das famílias e o crédito crescerão de forma “moderada”.

Segundo Tombini, em função do dólar mais forte, o setor externo contribuirá para a economia este ano. “Espera-se uma contribuição positiva do setor externo, com expansão do volume exportado e alguma contração das importações”, disse. De acordo com ele, a balança comercial, que encerrou 2014 deficitária, deve voltar a apresentar superávit.

Inflação também chegará ao café da manhã, pão francês ficará mais caro:

Alexandre Tombini também fez uma avaliação do cenário econômico internacional e seus impactos para o Brasil. Na visão dele, a economia global continua em recuperação gradual. O presidente do BC ressaltou que a recuperação dos Estados Unidos contribui para o fortalecimento do dólar. Outros países, como os da zona do euro, se recuperam de forma “desigual”. Ele disse ainda que a queda de preços das commodities (produtos básicos com cotação internacional) impacta as economias emergentes. Alexandre Tombini deu as declarações em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, onde responde a perguntas de parlamentares.

Agência Brasil Agência Brasil
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