'Inflação do verão' avança 1,31% e deixa picolé e água de coco mais caros nas praias
Produtos e serviços consumidos acumulam alta entre janeiro e dezembro de 2023
Os preços dos produtos e serviços consumidos no verão aumentaram 1,31% entre janeiro e dezembro de 2023, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. O aumento foi abaixo da inflação em geral, sendo notado principalmente nas praias do Rio de Janeiro e da Bahia.
Os preços de produtos e serviços consumidos no verão avançaram 1,31%, entre janeiro e dezembro de 2023, na comparação com o mesmo período de 2022, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), com dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a pedido do jornal O Globo.
Embora o avanço do último ano signifique um aumento nos preços, o percentual foi mais baixo do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fechou em 2023 em 4,62%.
“Os preços continuam altos. Eles subiram menos do que nos anos anteriores, mas nada ficou mais barato, só teve um aumento menor. Então, como o efeito é cumulativo, ninguém percebe um preço mais barato”, explicou ao jornal André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).
A “inflação do verão” reúne itens como sorvetes, cervejas, passagens aéreas, hotéis, excursões e protetor solar. Em praias pelo Brasil, o aumento tem sido alvo de reclamação de consumidores. No Rio de Janeiro, picolés estão sendo vendidos a R$ 30 e água de coco a R$ 15 na areia.
Na Bahia, os preços também não dão trégua. Conforme verificado pelo Terra, vendida em todos os cantos da capital Salvador e também nas praias, o acarajé, que em alguns lugares já custou recentemente R$ 10, dificilmente sai por menos de R$ 15.