Índia é um rolo compressor econômico e geopolítico, mas não é "a nova China": sua estratégia de crescimento é inédita
Até 2047, a classe média indiana representará nada menos que 1 bilhão de pessoas Verdadeiro motor do crescimento é a política governamental de incentivos à produção Mercado de semicondutores da Índia ultrapassará US$ 55 bilhões até 2026
A Índia está emergindo. O país asiático, o mais populoso do planeta, possui uma capacidade econômica e relevância geopolítica muito importantes. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), sua economia é uma das que mais crescem, com uma previsão de expansão de 6,2% em 2025 e 6,3% até 2026. Outras grandes economias, como EUA e China, estão revisando para baixo suas previsões de crescimento para 2025 e 2026, mas a Índia não. Ela avança dia após dia como um verdadeiro rolo compressor.
Um dos pilares que sustentam seu crescimento econômico é o consumo interno. 31% de sua população, que atualmente se aproxima de 1,464 bilhão de pessoas, tem renda média, e as previsões do governo indiano estimam que esse percentual aumentará para 38% até 2031. Se essa tendência persistir, até 2047 a classe média indiana somará nada menos que 1 bilhão de pessoas. No entanto, o verdadeiro motor do crescimento neste país, e a razão pela qual a classe média está se expandindo, é a política de incentivos à produção implementada pelo governo.
A estratégia visa desenvolver e modernizar a capacidade de produção da Índia, bem como impulsionar as exportações. E está funcionando. Desde que o governo a lançou em março de 2020, essa política gerou 1,15 milhão de empregos. Além disso, teve um impacto muito positivo nos seguintes setores-chave: eletrônicos, carros elétricos, sistemas de automação industrial e integrada, produtos farmacêuticos e biotecnologia, drones, data centers e produtos químicos. Neles ...
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