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'Penso que sanção de projeto de isenção do IR será feita em outubro', diz Haddad

Ministro diz que Senado demonstra 'estar atento' ao aprovar projeto alternativo em comissão, mas elogia Lira, relator na Câmara

24 set 2025 - 21h51
(atualizado às 22h14)
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Ministro disse que a votação de texto similar no Senado mostra que, 'politicamente', o Congresso está dando uma resposta à sociedade
Ministro disse que a votação de texto similar no Senado mostra que, 'politicamente', o Congresso está dando uma resposta à sociedade
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou o adiamento da votação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, que foi pautado para a próxima semana. O texto que está na Câmara é de autoria do Poder Executivo.

"Não preocupa (o adiamento da votação), porque eu penso que a sanção desse projeto vai ser feita no mês de outubro. Eu acredito que nós vamos ter a solenidade", disse a jornalistas.

Em meio ao adiamento na Câmara, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira, por unanimidade, o texto alternativo que isenta do IR salários de até R$ 5 mil. A decisão na comissão foi terminativa, o que permite o envio direto da proposta para a apreciação dos deputados, caso nenhum senador peça para que seja analisada também pelo plenário do Senado.

O projeto é capitaneado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que inaugurou mais um capítulo na disputa política com o deputado Arthur Lira (PP-AL), relator de texto semelhante na Câmara. Os dois devem se enfrentar pelas vagas do Senado em Alagoas em 2026. Haddad disse que a votação pelo Senado ocorre "sem prejuízo" ao projeto que o governo enviou para a Câmara.

"Eu penso que o Senado tem que dar uma demonstração também de que está atento e que quer votar, mas já elogiei o deputado Arthur Lira, que foi muito responsável, muito diligente até aqui, não cabe a ele marcar a data de votação, mas eu creio que o presidente (da Câmara) Hugo (Motta) chegou a uma definição com os líderes e vai votar semana que vem", continuou.

O ministro disse que a votação de texto similar no Senado mostra que, "politicamente", o Congresso está dando uma resposta à sociedade, "que está cobrando nas redes sociais, em várias manifestações", a apreciação do PL da renda. "O Brasil ficou muitos anos com a pauta da desigualdade fora do radar. Finalmente entrou no radar, esse é um problema grave da economia brasileira."

Haddad disse ter conversado com o deputado Coronel Meira (PL-PE) sobre a proposta de aumentar a isenção para salários acima de R$ 5 mil. Ele relatou que afirmou ao deputado que, se vier essa ampliação, "para ela não ser considerada simplesmente diversionista e demagógica", ela deverá ser acompanhada de medidas compensatórias.

"Porque o projeto do governo é redondo", justificou. Segundo ele, o deputado falou que é a favor, inclusive, de rever as emendas parlamentares. "Eu fiquei surpreso", disse Haddad.

Projeto que viabiliza socorro ao tarifaço

Sobre o adiamento da votação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 168/2025, que viabiliza a Medida Provisória (MP) do pacote para socorrer as empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, Haddad disse não ter sido avisado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). As linhas garantidoras precisam que a legislação esteja em vigor.

"Isso nós precisamos de lei, nós não conseguimos aportar recursos para os fundos garantidores sem lei", afirmou. "A linha de crédito eu consigo fazer por meio da provisória, mas o aporte para os fundos, não", completou.

Estadão
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