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Ibovespa titubeia com política monetária em foco sem tirar Brasília do radar; Ambev pesa

10 dez 2025 - 10h15
(atualizado às 11h05)
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O Ibovespa opera sem uma tendência clara nesta quarta-feira, quando as atenções se voltam para decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, onde dados de inflação e o cenário político também estão no radar.

Por volta de 10h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,18%, a 157.693,72 pontos, após marcar 157.624,07 pontos na mínima e 158.624,07 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava R$1,78 bilhão.

No exterior, de acordo com o responsável pela área de renda variável da Criteria, Thiago Pedroso, o clima é de "véspera de prova" antes da decisão de juros do Federal Reserve, com as apostas sinalizando corte de 0,25 ponto percentual.

"Ninguém quer errar o tom antes de Powell subir ao palco às 16h30", afirmou, referindo-se ao chair do Fed, Jerome Powell e à coletiva à imprensa após a decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do BC dos EUA, que sairá às 16h (de Brasília).

Para Pedroso, há um consenso não escrito de que a decisão está dada e a dúvida é o discurso. Powell, avalia, terá de equilibrar um Fomc rachado entre quem já vê desgaste no mercado de trabalho e quem teme abrir demais a guarda antes de 2026.

Após o fechamento da bolsa paulista, o Banco Central brasileiro anuncia decisão sobre a Selic, com as expectativas apontando para a manutenção da Selic em 15% e o foco também voltado ao comunicado e sinais sobre os próximos passos.

Mais cedo, o IBGE mostrou que o IPCA acumulou nos 12 meses até novembro alta de 4,46%, de 4,68% em outubro e expectativa de 4,49%, voltando a ficar abaixo do teto da meta pela primeira vez desde setembro de 2024.

Na base mensal, subiu 0,18% no mês passado, abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,20%.

O cenário político nacional também continua no radar dos agentes financeiros.

"A verdade é que 2026 atropelou 2025", afirmou Pedroso, da Criteria, acrescentando que o mercado amanheceu tentando entender se o acordo da Dosimetria é "moeda de troca real ou só mais um capítulo da novela Brasília 40 graus".

Deputados aprovaram na madrugada desta quarta-feira projeto de lei que reduz as penas de condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por atos relacionados à tentativa de golpe de Estado que culminou em 8 de janeiro de 2023.

Entre os potenciais beneficiados com a medida está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cujo período em regime fechado pode passar de quase 7 anos para 2 anos e 4 meses.

"O clima institucional segue pesado e qualquer ruído extra está sendo precificado quase instantaneamente", acrescentou.

DESTAQUES

- VALE ON subia 1,39%, endossada pela forte alta dos preços futuros do minério de ferro na China, onde dados fracos da indústria reforçaram as esperanças de um novo estímulo para impulsionar o crescimento econômico em 2026. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 1,85%.

- PETROBRAS PN tinha variação negativa de 0,41%, em dia de oscilação modesta dos preços do petróleo no mercado externo, onde o barril sob o contrato Brent era negociado com acréscimo de 0,13%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,43%, em dia sem sinal único entre os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN em alta de 0,17%, BANCO DO BRASIL ON com queda de 0,65%, SANTANDER BRASIL UNIT com declínio de 0,06% e BTG PACTUAL UNIT subindo 0,23%. Acionistas do BTG e do Banco Pan aprovaram na véspera a incorporação do Pan pelo BTG.

- AMBEV ON recuava 3,08%, pesando no Ibovespa, um dia após a maior cervejaria da América Latina anunciar R$7,2 bilhões em dividendos, incluindo dividendo adicional de R$1,8 bilhão, com pagamento previsto neste mês, e pagamento de R$4,2 bilhões em juros sobre capital próprio, a ser realizado em 2026.

- SUZANO ON perdia 0,14%, tendo no radar projeção de investimento de R$10,9 bilhões no próximo ano pela maior produtora de celulose de eucalipto do mundo e manutenção da expectativa de desembolsos de R$13,3 bilhões em 2025. A maior parte da cifra prevista para o próximo ano, R$7,3 bilhões, será desembolsada em manutenção de instalações.

- CYRELA ON cedia 0,62%, em meio à proposta de criação de ações preferenciais conversíveis em ações ordinárias e resgatáveis, bem como aumento de capital com capitalização de saldos de reservas de lucros no montante de quase R$2,5 bilhões, com atribuição de 72.800.000 novas ações PN Especiais aos atuais acionistas a título de bonificação.

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