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Ibovespa sobe com expectativa sobre cessão onerosa ajudando Petrobras; Vale avança

28 nov 2018 - 11h52
(atualizado às 12h43)
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A bolsa paulista passava a trabalhar no território positivo nesta quarta-feira, com o Ibovespa apoiado particularmente na recuperação das ações da Vale, mas com papéis da Petrobras também ocupando os holofotes em meio a expectativas relacionadas à votação do projeto que trata da cessão onerosa.

Operadores durante pregão na Bovespa, em São Paulo
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores durante pregão na Bovespa, em São Paulo 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Às 11:19, o Ibovespa subia 0,59 por cento, a 88.408,24 pontos. Na mínima, mais cedo, caiu 0,27 por cento. O volume financeiro somava 2,14 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa subiu 2,74 por cento, embalado principalmente por notícias sobre avanços nas discussões para a votação da proposta que envolve a cessão onerosa.

A aprovação do projeto pode viabilizar um leilão de áreas de petróleo no qual a União arrecadaria bilhões de reais, com chance de beneficiar também a Petrobras, a depender do desfecho da revisão do contrato de cessão onerosa da empresa com o governo. O impasse está sobre a distribuição dos recursos.

"A aprovação do projeto e consequente realização do leilão ajudaria na melhora da parte fiscal do país, que investidores veem como crucial para uma retomanda mais sustentável da confiança no país", afirmou o analista Vitor Suzaki, da corretora Lerosa.

O senador Romero Jucá (MDB-RR), que deve reassumir a liderança do governo no Senado nesta quarta-feira, disse na véspera acreditar que o projeto pode ser votado nesta quarta-feira.

A trajetória positiva no pregão brasileiro era endossada também pelo cenário externo relativamente positivo, com futuros acionários nos Estados Unidos sinalizando uma abertura positiva em Wall Street, após fechamento positivo em praças acionárias na Ásia, embora as bolsas europeias não operassem com rumo único.

No exterior, os negócios são marcados pelas expectativas do encontros do presidente norte-americano, Donald Trump, e do presidente chinês, Xi Jinping, em uma cúpula do G20 que começa na sexta-feira na Argentina, além de discurso do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, nesta tarde.

Pesquisa Reuters publicada nesta quarta-feira estima que o Ibovespa deve ampliar o rali deste ano em 2019, encerrando o próximo ano em 107.500 pontos, segundo mediana de 10 previsões de operadores e estrategistas.

DESTAQUES

- VALE avançava 2,6 por cento, em sessão de recuperação após seis pregões de queda, tendo acumulado no período declínio de quase 12,5 por cento. Ações de siderúrgicas também tinham uma sessão positiva, capitaneadas por CSN, que subia 2,3 por cento.

- PETROBRAS PN subia 0,6 por cento, dando continuidade a ganhos da véspera, quando fechou com alta de mais de 5 por cento, com agentes financeiros atentos às discussões sobre a votação do projeto que trata da cessão onerosa. PETROBRAS ON subia 0,9 por cento.

- BRADESCO PN subia 0,35 por cento, após renovar cotação de fechamento recorde na terça-feira, a 37,67 reais, reagindo após uma abertura mais fraca. ITAÚ UNIBANCO PN subia 1 por cento, BANCO DO BRASIL ganhava 0,2 por cento e SANTANDER BRASIL avançava 1 por cento.

- LOCALIZA caía 1,8 por cento, um dia depois de a empresa realizar encontro com analistas e investidores em Minas Gerais. Para o Morgan Stanley, a companhia passou uma mensagem positiva, mas os números foram mais leves. O analista Josh Milberg tem recomendação 'equalweight' para os papéis.

- B3 tinha queda de 0,4 por cento, após saltar mais de 6 por cento na véspera.

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiam 1,9 e 1,4 por cento, respectivamente, conforme os papéis seguem beneficiados por expectativas de que o novo governo adote perfil econômico mais liberal, mais favorável a privatizações, particularmente envolvendo a elétrica de controle estatal.

- BB SEGURIDADE subia 1,4 por cento, com analistas considerando neutro o anúncio da véspera sobre a renúncia do diretor-presidente Antônio Maurano, que será substituído Werner Süffert, que acumulará a função com a atual, de diretor de relações com investidores.

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