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Ibovespa avança após cinco quedas com ajuda de Vale, mas cautela permanece

12 jun 2018 - 17h50
(atualizado às 17h53)
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O Ibovespa fechou no azul nesta terça-feira, quebrando uma série de cinco pregões em queda, apoiado principalmente na alta dos papéis da Vale e da B3, mas os receios com o cenário político-eleitoral e a economia no Brasil mantiveram o clima de cautela.

Operadores trabalham na Bovespa, São Paulo, Brasil
24/05/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Operadores trabalham na Bovespa, São Paulo, Brasil 24/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O principal índice do mercado acionário doméstico subiu 0,62 por cento, a 72.754 pontos. Na máxima da sessão, a alta chegou a 1,4 por cento. O giro financeiro somou 9,7 bilhões de reais.

O alívio ocorreu após o Ibovespa acumular nos últimos cinco pregões queda de 8 por cento. Das 67 ações que fazem parte da carteira, 31 papéis ainda encerraram o pregão no vermelho.

Na visão do analista Leandro Martins, da Modalmais, o mercado encontrou alguns pontos de suporte, mas ainda não tem força para retomar níveis anteriores à greve dos caminhoneiros, dada a deterioração de fundamentos econômicos, saída de estrangeiros e cenário eleitoral incerto.

"O mercado está em compasso de espera", disse. Segundo ele, há oportunidades na bolsa após as fortes quedas recentes, mas o cenário ainda muito volátil justifica a cautela do investidor.

DESTAQUES

- VALE subiu 1,67 por cento, em dia de alta do preço do minério de ferro à vista na China. O presidente Michel Temer assinou decretos que regulamentam o novo código de mineração; e o presidente do fundo de pensão Petros disse que o fundo de pensão espera vender parte de sua fatia na empresa este ano.

- B3 ganhou 2,84 por cento, após a divulgação de dados operacionais de maio. "Reiteramos a visão otimista para B3, por esperarmos que a ação se beneficie do desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil, bem como de volumes maiores de curto prazo, devido à maior volatilidade antes da eleição presidencial", disse o Bradesco BBI em nota a clientes.

- VIA VAREJO avançou 6,7 por cento, em meio a expectativas de conclusão de sua venda até o começo do próximo ano, além de sinalizações positivas pela companhia sobre as vendas para a Copa do Mundo.

- EMBRAER fechou com alta de 6,12 por cento, após a Bloomberg reportar, citando fonte, que a fabricante brasileira e a norte-americana Boeing estão discutindo os detalhes finais de um acordo, com o presidente Michel Temer concordando em princípio com uma joint venture de ambas.

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON subiram 5,95 e 2,37 por cento, respectivamente, após a notícia de que a empresa poderá avançar com o processo de privatização de suas empresas de distribuição, após derrubada da liminar que suspendia o processo. A elétrica de controle estatal também informou que a greve de empregados da holding foi suspensa.

- BANCO DO BRASIL avançou 3,85 por cento, destaque positivo no setor bancário, após analistas do Credit Suisse colocarem os papéis do banco estatal entre os preferidos, apesar de corte no preço-alvo, de 50 reais para 36 reais.

- SANTANDER BRASIL cedeu 1,03 por cento, após o Credit Suisse cortar recomendação para neutra, enquanto reduziu preço-alvo de 44 para 33 reais. ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,2 por cento e BRADESCO PN recuou 0,26 por cento. O Credit Suisse cortou o preço-alvo de Itaú para 46 reais e do Bradesco para 33 reais.

- PETROBRAS PN subiu 0,32 por cento, enquanto PETROBRAS ON cedeu 0,82 por cento, revertendo ganhos mais cedo. A companhia anunciou o pré-pagamento de linha de crédito com o The Bank of Nova Scotia, no valor de 750 milhões de dólares, que vencia em 2022, e contrato de novo financiamento com o mesmo banco, de igual valor, "mas com custos financeiros mais competitivos", com vencimento em 2023.

- CVC BRASIL caiu 4,57 por cento, ainda afetado por preocupações como o potencial efeito da recente alta do dólar na demanda por pacotes internacionais da operadora de turismo. Na véspera, analistas do JPMorgan cortaram a recomendação das ações para 'underweight'.

- BRF recuou 2,88 por cento, após o Credit Suisse cortar o preço-alvo da ação da companhia de alimentos de 28 para 18 reais, mantendo recomendação underperform. Ainda no radar, o presidente da Previ, Gueitiro Genso, disse nesta terça-feira que o fundo de pensão não planeja vender as ações da exportadora de carne de frango no curto e médio prazos.

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