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Galpões logísticos voltam às origens após boom do e-commerce

Setores mais tradicionais do mercado, como farmacêutico e agronegócio, agora conseguem disputar imóveis após revisão de projeções de crescimento do comércio eletrônico

26 ago 2023 - 20h10
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Depois de serem tomados pelas varejistas durante o boom do comércio eletrônico na pandemia, os galpões logísticos voltaram a ser disputados por setores tradicionais da economia, como automobilístico, agronegócio e farmacêutico. O movimento é resultado de uma certa frustração no ritmo de crescimento do e-commerce. Segundo dados da Nielsen|Ebit, o faturamento do setor subiu 41% em 2020; 27% em 2021; e apenas 1,6% em 2022.

Os números menores que o esperado fizeram as varejistas revisar planos de crescimento e reduzir a corrida por galpões logísticos no País. "O que vimos nesse último ano especialmente foi uma redução na demanda das empresas de e-commerce, que eram protagonistas (Mercado Livre, Amazon, Americanas, Via e Magazine Luiza)", afirma o diretor de industrial e logístico da CBRE, Rodrigo Couto.

Segundo ele, a demanda por galpões segue em alta e com baixa vacância, mas agora com uma dependência menor de varejistas do comércio eletrônico. Couto diz que o mercado se reinventou e trouxe outros setores para dividir o protagonismo de forma mais equilibrada junto ao comércio eletrônico. Entre eles estão o setor farmacêutico, automotivo - que recebe incentivos do governo -, cold storage (armazéns para produtos frios), fotovoltaico (painéis solares) e agronegócio, especialmente ligados a fertilizantes.

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  • Marcelo Guerra, líder de logística na Tellus Investimentos Imobiliários, afirma que os novos empreendimentos que serão entregues nos próximos meses não devem chacoalhar a atual oferta e demanda do mercado de galpões. "Estamos em um patamar saudável e devemos ter manutenção de preços de aluguéis, ainda com ajustes de preço para cima, mas sem picos", diz Guerra.

    Fundos imobiliários logísticos

    Para investidores de fundos imobiliários, a perspectiva de analistas é positiva para os próximos meses. "O dividendo pago aos investidores de fundos de galpões cresceu por causa do aumento dos aluguéis, e o preço das cotas deve subir devido ao aumento da procura", afirma Ackermann.

    Caio Araujo, especialista em fundos imobiliários da Empiricus Research, afirma que os preços de imóveis logísticos devem subir com a redução da taxa de juros já prevista pelo Banco Central para os próximos meses. "Os galpões logísticos são muito sensíveis a juros e estão entre os primeiros a sentir o impacto de aumentos e reduções . Por isso, nos últimos quatro meses, os galpões já começaram a se valorizar", diz Araujo.

    Estadão
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