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Fundador da Benetton anuncia que irá deixar a companhia e acusa diretores de traição

Luciano Benetton disse que há um rombo de R$ 561 milhões nas contas do grupo italiano, fundado por ele e seus irmãos na década de 1960

27 mai 2024 - 08h43
(atualizado às 08h46)
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Resumo
Luciano Benetton anunciou sua saída como presidente do grupo italiano Benetton, apontando um rombo de cerca de R$ 561 milhões e traições por parte dos diretores da marca como motivos para a decisão.
Luciano Benetton fundou a marca ao lado de seus irmãos
Luciano Benetton fundou a marca ao lado de seus irmãos
Foto: ullstein bild /GettyImages

Um dos fundadores da marca de roupas Benetton, Luciano Benetton anunciou que deixará de presidir o grupo italiano. A notícia foi veiculada pelo jornal Corriere della Sera, a quem o empresário deu detalhes sobre os motivos que o levaram à decisão. Ele citou o rombo de cerca de € 100 milhões (R$ 561 milhões na conversão atual) e traições por parte dos diretores da marca.

“Em resumo, confiei e me equivoquei. Fui traído no verdadeiro sentido da palavra. Alguns meses atrás, entendi que havia algo que não funcionava, que a fotografia do grupo que os diretores repetiam nos Conselhos de Administração não era real”, disse.

Luciano Benetton afirmou que o rombo milionário foi ocultado dele pelos diretores do grupo. Ele relembrou ter deixado o comando da empresa anteriormente, em 2012, quando a empresa faturava cerca de 200 milhões de euros por ano.

Benetton decidiu voltar para a empresa em 2018, e se deparou com a situação já não tão boa assim. “Somente em 23 de setembro de 2023, em uma reunião, disseram que havia algum problema, mas não grande. Parecia tudo sob controle", explicou.

"Mas os números não fechavam e o problema ia muito além do que tinham dito em setembro. Por outro lado, há tempos me chegavam falas de pessoas descontentes interna e externamente com a empresa devido a atitudes arrogantes dos novos diretores”, continuou, ao jornal italiano.

Luciano Benetton chegou a mencionar a possibilidade de que tenha ocorrido fraude ou manipulação dos resultados da empresa. Ele disse que irá investigar o fato. Sua saída oficial da empresa deve ocorrer em uma assembleia no dia 18 de junho.

O CEO do grupo, Massimo Renon, ainda não se pronunciou publicamente sobre as acusações. Ele disse que irá comentar apenas por meio de seus advogados.

Fonte: Redação Terra
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