Expectativa é positiva, mas sem adiamento de tarifa, diz Jaques Wagner, em missão nos EUA
Segundo senador, objetivo da viagem é fazer 'diplomacia parlamentar'; 'É preciso que os governos se entendam', afirmou
WASHINGTON - O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, afirmou que a expectativa para a missão para tratar das tarifas de 50% ao Brasil em Washington, nos Estados Unidos, é "positiva, apesar da dificuldade". Ele descarta a hipótese de mudança no prazo para a entrada em vigor da alíquota, na próxima sexta-feira, dia 1º.
"O que a gente está fazendo é a diplomacia parlamentar. É preciso que os governos se entendam. A gente está aqui para contribuir", disse Wagner, a jornalistas, ao chegar na residência oficial do Brasil em Washington.
O senador integra a comitiva que está na capital americana para negociar as novas taxas dos EUA ao Brasil. A agenda oficial da missão começa na segunda-feira, 28, mas não foi totalmente divulgada devido aos ataques que a comitiva sofreu, disse uma pessoa a par do assunto ao Estadão/Broadcast, embora a comitiva conte com senadores ligados ao bolsonarismo.
O primeiro compromisso dos parlamentares em Washington é um café da manhã com a embaixadora do Brasil nos EUA, Maria Luiza Viotti, o embaixador Roberto Azêvedo, e diplomatas brasileiros.
Ainda nesta segunda está prevista uma reunião na sede da Câmara de Comércio dos EUA, com lideranças empresariais e representantes do Brazil-U.S. Business Council, principal organização de lobby empresarial em prol da relação comercial entre o Brasil e os EUA.
Os senadores vêm a Washington em meio ao início do recesso parlamentar nos EUA, o que esvazia a capital americana. Nos próximos dias, também é esperado que o presidente Donald Trump assine uma ordem executiva com as justificativas legais para tarifar o Brasil em 50%, conforme relatos na imprensa. Há ainda o temor de que os EUA adotem mais sanções contra o País.
Além de Jaques Wagner, a comitiva é formada ainda pelos senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado; Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura; Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações; Rogério Carvalho (PT-SE), líder do PT no Senado; Carlos Viana (Podemos-MG); Fernando Farias (MDB-AL); e Esperidião Amin (PP-SC).