Endividamento das famílias bate recorde dos últimos dois anos em SP e atinge 3 milhões de domicílios
Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, 73% dos paulistanos enfrentam algum tipo de dívida atualmente
O endividamento das famílias em São Paulo alcançou um recorde de dois anos, com três milhões de lares endividados em setembro, impactados por inflação, juros altos e aumento no uso de cartão de crédito.
O endividamento das famílias atingiu o nível mais alto dos últimos dois anos em São Paulo. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 73% dos paulistanos enfrentam algum tipo de dívida atualmente. O índice é o maior desde junho de 2023.
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Em São Paulo, o endividamento alcançou três milhões de domicílios em setembro, representando um salto de 50 mil lares em relação a agosto e mais de 200 mil em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre famílias com renda de até dez salários mínimos, o indicador aumentou de 75,1% para 76%. Já nas faixas acima desse valor, o endividamento passou de 60,9% para 62,9%.
Cartão de crédito é o vilão
O cartão de crédito continua sendo a principal fonte de dívidas, citado por cerca de 80% das famílias.
Fatores como inflação em serviços essenciais e o encarecimento do crédito contribuem para o aumento das dívidas. Além disso, os juros elevados comprometem o orçamento e aumentam o risco de atrasos nos pagamentos.
O endividamento se torna inadimplência quando o consumidor não consegue pagar as dívidas no prazo. Isso ocorre quando os compromissos superam a renda ou há falta de planejamento, gerando atrasos, juros e restrições de crédito.
Em São Paulo, o número de famílias inadimplentes se manteve estável, em 22,7%, mesmo patamar do mês anterior. Em relação ao ano passado, houve aumento, já que 18,9% das famílias estavam inadimplentes no mesmo período.