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Corte de emendas pode ser maior que R$ 7 bi, mas depende de Lula, diz Haddad

Ministro disse que o montante a ser cortado de emendas parlamentares depende do cenário e da decisão de Lula

14 out 2025 - 08h48
(atualizado às 10h24)
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O ministro Fernando Haddad (Fazenda)
O ministro Fernando Haddad (Fazenda)
Foto: Wilton Junior / Estadão / Estadão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 14, que irá despachar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre medidas fiscais quando ele voltar ao Brasil.

O petista havia sinalizado uma reunião para esta quarta-feira, 15, com ministros para discutir alternativas a medida provisória que aumentava impostos sobre bets, papéis isentos do agro e o outros. A medida perdeu a validade ao não ser votada pelo Congresso.

O ministro disse que o montante a ser cortado de emendas parlamentares depende do cenário e da decisão de Lula, mas afirmou que pode ser até maior que R$ 7 bilhões.

A MP que propunha alternativas a um aumento maior do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) "caducava" na última quarta-feira, 8, mas foi retirada de pauta em votação na Câmara, no início daquela noite.

A derrota do Palácio do Planalto ficou evidente antes mesmo do placar de 251 a 193 votos para que o plenário nem sequer analisasse a MP. A aliança entre o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Centrão, "contra o aumento de impostos", foi decisiva para o resultado.

Oposição chama medida de 'MP Taxa Tudo'

A Medida Provisória que aumentava a tributação de bets e fintechs, além de alguns ativos financeiros, como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Agropecuário (LCA), recebeu até mesmo o carimbo de "MP Taxa Tudo".

Após o governo sofrer mais um revés, ministros do PT avaliaram, sob reserva, que o Planalto intensificará a disputa política, a exemplo do que ocorreu no mês passado, quando manifestações nas ruas obrigaram o Senado a enterrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.

Agora, o PT vai ampliar a campanha da "taxação BBB" e de ricos contra pobres nas redes sociais, ressuscitando o mote "Congresso inimigo do povo". A mensagem é a de que "bilionários, bancos e bets" precisam pagar mais impostos para custear a isenção do Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil.

Na tentativa de aprovar a MP que aumentava a arrecadação federal, o governo chegou a abrir mão de elevar a tributação sobre as plataformas de apostas online, as chamadas bets. Não adiantou.

"A aliança do PL com o Centrão para defender a anistia (ao ex-presidente Jair Bolsonaro) e a PEC da Blindagem contou com a reação das ruas. Vocês estão novamente dando um tiro no pé", disse na tribuna o deputado Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, dirigindo-se aos colegas que rejeitaram a Medida Provisória. "Estão morrendo de medo do Lula e do desempenho do governo. O nome disso que os senhores fazem aqui é molecagem."

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou, por sua vez, que "ameaças" do governo de bloquear emendas não vão funcionar. "Este governo está à deriva. Ameaçou tirar cargos, agora fala em cortar emendas, mas a verdade é que o Brasil não aumenta mais pagar impostos", insistiu Sóstenes.

Estadão
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